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Todos os adultos nos EUA poderão receber vacina contra Covid-19 a partir de 1º de maio, prevê presidente Biden

Em seu primeiro pronunciamento em rede nacional e horário nobre, presidente anunciou medidas para acelerar vacinação, esperando que muitos americanos possam comemorar Dia da Independência já reunidos. Discurso marca um ano de pandemia que matou mais de 530 mil nos E



O presidente dos EUA, Joe Biden, durante pronunciamento em rede nacional sobre um ano da pandemia de Covid-19, na quinta-feira (11) — Foto: AP Photo/Andrew Harnik



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Todos os adultos dos Estados Unidos poderão receber a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19 a partir do dia 1º de maio, prevê o presidente Joe Biden, que anunciou a data na noite desta quinta-feira (11), em seu primeiro discurso em rede nacional no horário nobre, marcando seus 50 dias no cargo.

A fala também registrou um ano da pandemia no país e serviu como uma oportunidade de levar esperança aos americanos e pedir mais uma vez sua colaboração no combate à doença.

"Um ano cheio de perdas de vidas e da vida para todos nós. Mas na perda vimos o quanto havia a ganhar em apreço, respeito e gratidão, encontrar luz na escuridão é algo muito americano a fazer", disse Biden.

Falando na Sala Leste da Casa Branca, Biden anunciou medidas para acelerar as vacinações, com ampliação no número de lugares e pessoas aptas a aplicar os imunizantes, tendo como meta permitir que americanos protegidos inclusive com a segunda dose possam se reunir para celebrar já o feriado nacional de 4 de Julho, Dia da Independência.

Os Estados Unidos são o país com mais casos registrados de Covid-19 no mundo, 29.212.092, e também com mais mortes, 530.606 até esta quinta, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Medidas

Entre as medidas, mais de 4 mil soldados da ativa serão enviados apoiar os esforços de vacinação, e estudantes de medicina, veterinários e dentistas, além de médicos e enfermeiros aposentados também receberão permissão para aplicar as injeções.

O presidente determinou ainda o direcionamento de mais doses para cerca de 950 centros de saúde comunitários e até 20 mil farmácias de varejo, para facilitar o acesso da população. Grandes espaços como estacionamentos também foram liberados para funcionar como centros de vacinação no sistema drive-thru.

Os estados e territórios receberão suprimentos suficientes para tornar todos os adultos elegíveis para a vacinação a partir de 1º de maio, com estoques que permitam completar o cronograma até o final daquele mês.

Em vez de um milhão de doses aplicadas, como acontecia em dezembro, a intenção é manter o ritmo atual, de dois milhões de doses diárias. Além disso, um novo site promete facilitar o agendamento da vacinação e a localização de postos mais próximos da residência das pessoas a serem imunizadas, de acordo com Biden.

O presidente prometeu ainda que, com a aceleração da vacinação de professores e funcionários da rede de educação, incluindo os motoristas de ônibus escolares, os colégios de todo o país poderão ser reabertos com segurança dentro dos próximos 50 dias - antes de seus primeiros 100 dias de mandato.

Mas, como ressaltou o presidente, o sucesso do processo depende da colaboração dos cidadãos, que precisam continuar a usar máscaras, manter o distanciamento social e seguir as diretrizes federais de combate ao coronavírus.

"Não vou ceder até vencermos este vírus", afirmou Biden.

"Quando cheguei ao cargo, vocês devem se lembrar que estabeleci uma meta, e muitos de vocês disseram que era um exagero. Eu disse que pretendia aplicar 100 milhões de vacinas nos meus primeiros 100 dias. Hoje à noite, posso dizer que não vamos apenas cumprir essa meta, vamos vencer essa meta. Na verdade, estamos no caminho certo para atingir 100 milhões de doses no meu 60º dia de mandato", comemorou o presidente.

Pacote de US$ 1,9 trilhão

O discurso de Biden acontece horas após ele assinar o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão, para medidas de auxílio contra a crise causada pela pandemia.

O pacote de Biden é o terceiro aprovado pelo país desde o início da pandemia. Ao todo, já foram gastos US$ 5 trilhões em programas de ajuda econômica, valor equivalente a cerca de 25% do PIB americano.