Policial

Mãe descobre vídeo de abuso da filha no celular do marido em Campo Grande

A menina tem dez anos e a gravação foi feita durante a madrugada



Padrasto filmou a enteada e abaixou o short dela - Crédito: Repórter Top



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Confeiteira de 29 anos descobriu um vídeo no celular do marido, também de 29 anos, com cenas de abuso contra a filha dela, de 10 anos, no Jardim Batistão, em Campo Grande. 

A mulher está há oito anos com o suspeito e tem dois filhos em comum, sendo uma de cinco anos e outro de quase três. Porém, o abuso ocorreu contra a filha dela, fruto de relacionamento anterior.

Conforme o relato, também dado à Polícia Civil, era por volta de 9h do sábado quando ela abriu o celular do esposo, que estava dormindo. Ela viu que havia um vídeo na lixeira do aparelho e restaurou a gravação. O vídeo mostra o homem indo até o quarto da vítima de madrugada e abaixando o short dela. No entanto, instantes depois, a gravação é interrompida. Por isso, não é possível saber se os ataques continuaram ou alguém percebeu e ele desistiu de filmar. 

A mãe conversou com a filha e a menina diz não ter percebido nenhum ataque do padrasto. No entanto, relatou que, pouco tempo atrás, viu que ele parou em frente ao banheiro onde ela estava e passou a tocar o pênis. 

‘’Acho que ele a ameaçou para não contar’’, disse a mãe. A vítima teria dito a ela que só não relatou a situação por medo do padrasto assassinar a mãe. 

Assim que descobriu a filmagem, a mulher acionou a polícia e foi levada para a Delegacia da Mulher. Já nesta segunda-feira, prestou depoimento à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde foram requisitados exames para saber se houve abuso sexual. 

Ainda segundo a confeiteira, ela pediu que ele fosse embora de casa, mas teme pela segurança, já que ele está à solta. O marido teria dito que o caso ''não ia dar em nada'' e negou ter abusado da enteada. 

Paranoica?

A mulher diz que sempre esteve atenta para esse tipo de situação e comentava com o marido quando eles viam o assunto ser abordado na televisão. 

‘’Ele dizia que eu era paranoica. Sempre condenou quem faz isso e falava: ‘tanta prostituta na rua e o cara vai fazer isso com uma criança? Esse tipo de gente é um monstro’’, lembrou a mulher.