Policial

Grávida do tio, menina de 13 anos é obrigada a conviver com estuprador

Guarda foi transferida para avó da menor, mas acusado vive nas redondezas; tia manteve casamento e deu abortivos para adolescente



Família sabe e apoia abusador - Crédito: Reprodução JNE



Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!


Menina de 13 anos, que foi estuprada e engravidou do tio, está sendo obrigada a conviver com o abusador, na comunidade indígena Limão Verde, em Aquidauana. 

O suspeito não teve a prisão autorizada pela Justiça, apenas uma medida protetiva para ficar longe da vítima, contudo, conforme o site JNE Diário, ele convive no mesmo ambiente que a menina e com o consentimento da família. 

Ele é casado com a tia materna da adolescente. Ainda segundo o site, ao ter conhecimento sobre os abusos, a tia, que ajuda nos cuidados já que a irmã é falecida, em vez de protegê-la, resolveu dar chás caseiros para realizar o aborto. 

Ela ainda disse que a menina era traidora por querer o homem preso. A adolescente chegou a passar mal com tantos remédios. 

O Conselho Tutelar, ao ser acionado, retirou de imediato a menina do convívio dos tios, a deixou com os avós e acionou a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM).

Ainda segundo o JNE Diário, a menor passou por exame de corpo de delito, onde foi constatado a conjunção carnal com o acusado e a gravidez.

Após a Polícia Civil, o Conselho Tutelar e o CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) entrarem em ação, familiares da menina começaram a pressioná-la para que desmentisse que teve relações sexuais contra sua vontade e dizer que tudo foi consentido. 

Com medo, a adolescente acabou mudando a versão. 

Os fatos ocorreram em novembro de 2020 e, mesmo com a medida protetiva, o homem continua próximo da adolescente, que teme ser rejeitada pela família. 

Questionada, a delegada da DAM, Joilce Ramos, ressaltou que nem o Judiciário e nem a polícia tem condições de fiscalizar as medidas protetivas na Aldeia, sendo inviável saber se estão sendo cumpridas porque os familiares da vítima defendem o agressor.