Política e Transparência

Reviva vai lançar mil moradias para famílias de baixa renda no centro de Campo Grande

Unidades habitacionais para famílias de baixa renda serão bancadas pelo BID e ficarão no Centro e entorno



Casas serão construídas em terreno na esquina da Rui Barbosa com a Fernando Corrêa da Costa - Álvaro Rezende



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O projeto Reviva Campo Grande voltará com força máxima em 2021. Além da requalificação das vias urbanas, que é a parte que a população mais conhece da iniciativa, bancada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será lançadas neste ano mais de mil unidades habitacionais para a população de baixa renda.

O objetivo é aumentar o adensamento populacional no centro de Campo Grande e no entorno, região que já conta com todos os equipamentos urbanos, como transporte público e redes de energia, água, esgoto e serviços, mas que tem experimentado uma fuga de moradores para outros bairros da cidade.  

Já no mês de março será escolhida uma incorporadora que vai construir pelo menos 800 unidades habitacionais em uma área localizada ao lado das obras do Centro de Belas Artes, no Bairro Cabreúva. No segundo semestre, será lançado novo edital para a construção de um residencial com pelo menos 200 moradias em terreno localizado no cruzamento da Rua Rui Barbosa com a Avenida Fernando Corrêa da Costa.  

Conforme a coordenadora especial da Central de Projetos da Prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadin, as unidades habitacionais farão parte do recém-criado programa do governo federal, Casa Verde e Amarela, e serão financiadas pela Caixa Econômica Federal.

Era justamente a definição sobre os rumos dos programas habitacionais do governo federal que era aguardada pelas equipes do Reviva Centro. Com o fim do Programa Minha Casa Minha Vida, ficou uma lacuna para a realização dos projetos de habitação na região central.  

PARCERIA PRIVADA

No residencial de 800 unidades, ao lado do Centro de Belas Artes, não haverá uso de recursos públicos em espécie, a não ser, claro, da área, que já pertencia à prefeitura da Capital. Já no segundo residencial, na Rua Rui Barbosa, houve o pagamento de R $ 6,5 milhões, de recursos do BID operação ao Reviva Centro, para a aquisição da área.  

“O município entra com uma área e, como contrapartida, recebe unidades habitacionais que vão para a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários [Amhasf]”, explica Catiana Sabadin.

Apenas como unidades que serão dirigidas à Amhasf (antiga Emha) é que serão sorteadas pelo município em seus programas habitacionais. A maioria das unidades será comercializada diretamente pelas incorporadoras, desde que os valores não violem os critérios de Habitação de Interesse Social (HIS) do programa Casa Verde e Amarela.  

Os apartamentos que serão comercializados devem ter preços entre R $ 120 mil e R $ 170 mil, faixa habitacional do HIS. As unidades serão financiadas pela Caixa Econômica Federal.  

O Correio do Estado apurou que pelo menos três incorporadoras já se interessaram em construir o primeiro conjunto habitacional. Uma análise das propostas e dos projetos será feita na próxima semana, e o resultado da seleção publicado até o mês que vem.

Programa da prefeitura tem outros cinco projetos em andamento

Além das unidades habitacionais, o programa Reviva Centro terá pelo menos outros cinco projetos em andamento neste ano em Campo Grande. Os dois maiores são a requalificação de todas as vias do quadrilátero compreendido entre as avenidas Mato Grosso, Calógeras e Fernando Corrêa da Costa e a Rua Padre João Crippa.  

A licitação foi aberta no ano passado, ea expectativa é de que as obras comecem ainda neste semestre. O objetivo é deixar essas ruas com asfalto novo e com mobiliário urbano padronizado, como o da Rua 14 de Julho, primeira etapa do programa financeiro pelo BID. O edital está dividido em dois lotes, e o custo total é de R $ 63 milhões.  

O segundo empreendimento é a criação de um corredor de ônibus para a área central da Rua Rui Barbosa. A obra terá um custo de R $ 30 milhões.

PROJETOS

O BID, por meio do Reviva Centro, ainda está bancando projetos arquitetônicos para requalificar os parques e as praças públicas da região central, a um custo de US $ 200 mil (R $ 1.074 milhões, na cotação de sexta-feira).

Pelos mesmos US $ 200 mil será contratada uma empresa para elaborar projeto técnico para implantar uma nova rede de fibra óptica na região central.  

Outros US $ 200 mil serão utilizados para contratar uma empresa para elaborar um projeto de tecnologia, inteligência, planejamento e monitoramento da gestão pública municipal da Capital.  

A revitalização da Rua 14 de Julho, concluída em 29 de novembro de 2019, custou R $ 60 milhões aos cofres públicos.  

Em 2018, a Prefeitura de Campo Grande emprestou US $ 56 milhões do BID. A valorização do dólar, porém, que o município utiliza o dinheiro para mais projetos.