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Vacina da Pfizer contra Covid-19 começa a ser testada em crianças

A mesma vacina usada para adultos começou a ser estudada no público infantil nos Estados Unidos



(Foto: Reprodução/REUTERS/Dado Ruvic)



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Embora já existam várias vacinas contra o coronavírus, nenhuma foi testada e estudada no público infantil. Pesando em imunizar os pequenos, a Pfizer começou os testes em crianças nos Estados Unidos.

Em entrevista à CNN, a representante da empresa no Brasil disse que não há data para venda e uso efetivo do imunizante. Além disto, a epidemiologista Denise Garrett explicou que não será criada uma nova vacina específica para crianças.

“São essas vacinas que a gente tem e eles vão incluindo as crianças nos testes”, disse. Ela afirmou que poderá haver uma dosagem diferente para o público. “A Moderna e a Pfizer estão testando a mesma vacina que usam em adultos, estão testando para eficácia e segurança nesse grupo etário. Pode ser que tenha algum ajuste em termos de dose, pode ser que com a criança tenha uma dose menor ou maior, por isso é preciso fazer os testes”.

 

De acordo com a especialista, a inclusão de crianças de até 12 anos na faixa etária indicada para uso da vacina está próxima de se tornar realidade. Denise lembrou ainda que a faixa etária apresenta baixa incidência de casos graves da Covid-19.

O infectologista pediátrico Renato Kfouri, vice-presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo, destacou que os efeitos dos imunizantes nas crianças ainda estão sendo estudados. Porém, disse que os riscos estão descartados. “É pouco provável que essas vacinas tenham problemas de segurança com crianças, há estudos nesse sentido”, disse Kfouri.

Últimas a serem testadas

Denise lembrou que nenhuma vacina começa sendo testada em crianças. “A menos que seja uma vacina específica para criança, como da poliomelite, por exemplo. Mas, em geral, para todas as vacinas, a gente começa testando em adultos, criança é o último grupo que a gente testa”, explicou.

Entretanto, se a expectativa é controlar a pandemia, a epidemiologista destaca que será necessário vacinar este público para evitar a disseminação do vírus. “Sabemos que crianças e adolescentes são boa parte da população em muitos países, aqui no Brasil são mais de 25%”, acrescentou Kfouri.

 

Outro fator que levantou discussão sobre a eficácia das vacinas nas crianças é o tempo de imunização que haverá nos organismos. De acordo com os especialistas, é preciso entender como a dose agirá no organismo infantil. Enquanto o imunizante oferece proteção de 5 a 10 anos em adultos, “uma criança que tem risco baixo de pegar Covid-19 e de repente ela ficar novamente suscetível com 20 anos”, analisou o infectologista.