Política e Transparência

Nelsinho diz que decisão sobre Ministério deve ficar para depois do Carnaval

Cotado para comandar a pasta, decisão também deve passar pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab



Senador Nelsinho Trad | Foto: Marcos Oliveira | Agência Senado



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Após ter o nome ventilado para ocupar o MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) na reforma ministerial do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) afirmou que as tratativas para indicação de seu nome ao posto devem se intensificar após o Carnaval.

“Foi-nos ditos que, após o Carnaval, essas tratativas iam ser retomadas para se fazer uma coisa em conjunto com a reforma ministerial em si, e com o próprio espaço a ser ocupado pela Câmara [no governo]”, detalhou o senador ao Jornal Midiamax.

Questionado sobre a proposta, Nelsinho destacou que, por integrar o grupo político que articulou pela vitória de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado e também pela postura independente do PSD, partido ao qual é integrante, “há nuances que precisam ser avaliadas e medidas”, para se avançar na questão ou, eventualmente, declinar em nome de outro componente do próprio grupo.

 

Entre estas tratativas, estaria a aprovação de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. O resultado, porém, somente após o Carnaval. “Eu fico na expectativa para ver como vão avançar essas questões”, finalizou o senador.

Surpresa

Na terça-feira (2), quando teve o nome cogitado para comandar um dos principais ministérios, Nelsinho afirmou que havia sido pego de surpresa, mas garantiu que encararia a, então, hipótese com “satisfação” e “orgulho”.

“Estou focado no desempenho da liderança do PSD e do mandato. Ainda não parei para refletir sobre isso [suposta indicação ao ministério], acabei sendo surpreendido. Mas é lógico que seria uma satisfação, um motivo de orgulho para nós, respeitando a livre condução e o desfecho que possa sair”, disse, em entrevista à reportagem do Midiamax.

A indicação de Nelsinho, que foi sagrado líder do PSD no Senado, é decorrente da saíde de campo de Davi Alcolumbre (DEM-AP), que passaria a integrar o primeiro escalão de Bolsonaro. Todavia, o senador amapaense, que é descrito como independente, deverá permanecer no parlamento, a fim de evitaria colar de vez sua imagem a do presidente da República.

 

Em contrapartida, Davi Alcolumbre ficaria com a comissão mais importante do Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), até então ocupada por Simone Tebet (MDB-MS) – derrotada por Pacheco na eleição para a presidência da Casa. Na dança das cadeiras, o titular atual do MDR, Rogério Marinho, também não sairia de mãos vazias.

Caso Nelsinho saia do parlamento, o mandato deverá ser assumido por seu primeiro suplente, o empresário José Chagas (DEM), de 67 anos, proprietário do Grupo JChagas, em Naviraí. Vale lembrar que o MDR é considerada uma pasta estratégica para o governo federal, já que o Ministério centraliza ações e investimentos em obras públicas de infraestrutura no Brasil.