Policial

Rapaz diz que matou porque desde os 12 anos era atormentado pela tia

Constantemente, segundo relatos do autor à polícia, a vítima o chamava de veadinho, veado, gay, bicha e demônio



Constantemente, segundo relatos de Ismael, Ivelin que era homossexual, o chamava de veadinho, veado, gay, bicha e demônio.



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Em depoimento à polícia, Ismael Lourival Alves dos Santos, 21 anos, que matou na última sexta-feira (19) a tia, Ivelin Aparecida Alves dos Santos, 46 anos, com 24 facadas, contou que era atormentado pela vítima desde quando tinha 12 anos. Após o crime, no mesmo dia, o rapaz se apresentou à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) acompanhado pelo pai (irmão de Ivelin e subtenente da Polícia Militar) e por um advogado. Ele foi preso em flagrante e autuado por feminicídio.

Ismael relatou que vivia com os dois irmãos e há pouco mais de 1 ano e meio a tia foi morar na casa onde ocorreu o crime, localizada na Rua Arisoli Ribeiro, na região do Bairro Santo Amaro, em Campo Grande. Ele e os irmãos não moravam com o pai, porque não tinham bom relacionamento com a madrasta. A mãe deles se mudou para o Nordeste há mais de 10 anos.

O autor relatou ainda que a tia Ivelin tinha um temperamento difícil, era muito agressiva e durante as brigas costumava arremessar sapatos e pratos de comida contra os sobrinhos. Ele relembra que quando tinha 12 anos a tia chegou a aliciá-lo mostrando lhe um vibrador. Constantemente, segundo relatos de Ismael, Ivelin que era homossexual, o chamava de veadinho, veado, gay, bicha e demônio.

Ivelin já havia registrado boletim de ocorrência contra o autor, o irmão dele, o subtenente (irmão dela) e contra o próprio pai dela. Ela chegou a ser beneficiada com medida protetiva, mas em 2016 desistiu da ação. No dia do crime, Ismael estava em casa com o irmão mais novo deitado no quarto quando, depois do almoço, a tia passou a provocá-lo.