Policial

Ex-segurança de Reinaldo vira réu por improbidade e MP pede ressarcimento de R$ 1 milhão

Ricardo é considerado membro da organização criminosa formada por policiais militares que atuava no contrabando de cigarros do Paraguai



Ricardo foi condenado a 18 anos de prisão (Arquivo)



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O ex-segurança do governador Reinaldo Azambuja, o policial militar da reserva Ricardo Campos Figueiredo, virou réu por improbidade administrativa por recebimento de propina da Máfia dos Cigarreiros. O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2º Vara de Direitos Difusos, Coletivos, Individuais e Homogêneos aceitou a denúncia na última quarta-feira (20).

O MPMS (Ministério Público Estadual) entrou com a ação em maio de 2020 por improbidade administrativa pedindo a perda de bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio no valor de R$ 1 milhão e 96 mil. Ainda é pedido a perda da função do ex-segurança, que segue na reserva da corporação.

Na denúncia feita pelo MP, consta que o salário de Ricardo era de R$ 16 mil e que ele teria movimentado mais de R$ 1 milhão com aquisição de carros e uma chácara.

 

Em novembro de 2020, o policial o policial teve mais um pedido de habeas corpus negado. Ricardo é considerado membro da organização criminosa formada por policiais militares que atuava no contrabando de cigarros do Paraguai. Ele foi condenado a 18 anos, 10 meses e 11 dias de reclusão. Além disso, foi negado a ele o direito de recorrer em liberdade com manutenção da prisão preventiva.

Oiketicus

A Operação Oiketicus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em maio de 2018, apurou delitos praticados por policiais militares do Estado que atuavam na chamada “Máfia dos Cigarreiros”. Ricardo foi apontado como líder do grupo que dava suporte a contrabandistas de cigarros. Nas duas fases da Oiketicus, 29 policiais, entre praças e oficiais, foram presos.

As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares interferiam em fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências para o êxito do esquema.

De acordo com a denúncia do Gaeco, os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas.