Foto: Jane de Araújo, Agência Senado
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Faltando poucas bancadas para definir sua posição na eleição à presidência, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foca em tirar votos do adversário Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O democrata foi lançado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e tem o endosso do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Antes mesmo do MDB escolher Simone, Pacheco se sagrou candidato e já reunia apoio. A legenda da sul-mato-grossense enfrenta pequenas divisões e o grupo do senador mineiro tenta se aproveitar delas.
Alcolumbre garante tirar oito dos 15 votos garantidos do MDB para Simone, segundo o site Poder360. A senadora já havia declarado que a bancada iria votar unida.
Mas Luiz do Carmo (GO) deve contrariar a recomendação da liderança e seguir com o grupo do DEM, por orientação do governador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Carmo era suplente de Caiado até 2019, quando o democrata assumiu o governo de Goiás.
Por outro lado, os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), e no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), devem manter a posição da legenda. Adversário de Simone na disputa interna de 2019, Renan Calheiros (MDB-AL) também deve votar na colega de partido.
Em resposta, a emedebista está em busca de votos na aliança do adversário, contando com o apoio de senadores que não estão contentes com seus partidos apoiando Pacheco. No PP, Esperidião Amin (SC) já avisou que vai votar em Simone.
O PT entrou no bloco do DEM, mas também pode se dividir na votação de 2 de fevereiro. O Podemos, que anunciou apoio a Simone, está entre os dois candidatos. Alguns deles, como Romário (RJ), declararam voto em Pacheco. Mas dois deles ainda estão indecisos.
No total, dez ainda não anunciaram suas posições, incluindo a colega de bancada de Simone, Soraya Thronicke (PSL-MS). Rede (2) e PSB (1) também estão indefinidos.
Virtualmente, Pacheco tem 44 votos e Simone, 29. Mas como ambos os lados contam com essas traições, o placar pode ser bem diferente no dia da eleição.