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Comerciante presa por comentários racistas a trabalhador nega agressões verbais

Ela teria dito “Na minha loja você não entra, seu preto”





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Na manhã desta quarta-feira (16), comerciante de 50 anos passa por audiência de custódia após ter sido presa por praticar discriminação ou preconceito de raça ou cor. Ela teria se alterado e dito a um ajudante que descarregava mercadorias na loja que “Na minha loja você não entra, seu preto”.

O comércio fica localizado na Coronel Antonino, onde no fim da manhã de terça-feira (15) o ‘chapa’, ajudante de caminhoneiro, de 42 anos começou a descarregar as caixas. Foi assim que teve início a discussão, que terminou com a mulher chutando as caixas, ofendendo o trabalhador e por fim presa em flagrante.

Segundo relato de testemunhas e também da vítima, o funcionário foi até a loja deixar as mercadorias da comerciante, mas precisou tirar outras caixas do caminhão antes. A mulher acabou se alterando e pessoas relataram que ouviram exatamente as frases “Quem manda aqui sou eu, você vai fazer o serviço do jeito que eu quiser”, além de “Na minha loja você não entra, seu preto”.

 

Conforme o trabalhador, a mulher se incomodou porque as caixas teriam ficado na passagem dos clientes. Mesmo assim, um funcionário de loja vizinha relatou à polícia que percebeu a calma da vítima mesmo ao ser ofendida. A todo momento ele pedia para a mulher se acalmar e dizia que já iria retirar as caixas dali.

A comerciante voltou para dentro da loja e quando o homem foi até lá com dois volumes, perguntou onde poderia deixar. Neste momento uma funcionária foi até onde a mulher estava, nos fundos, e questionou, quando ela disse “Se for esse preto, não entra na minha loja”. O trabalhador ficou bastante constrangido, conforme disse em depoimento, e saiu.

Policiais militares que estavam na região viram o que aconteciam e chamaram outras equipes, que acabaram prendendo a mulher em flagrante. Na delegacia, no entanto, ela negou qualquer agressão verbal e disse que foi tratada com grosseria pelo trabalhador. Mesmo assim, permaneceu detida na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.