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Estudo matemático aponta início de ‘nova onda’ de casos de coronavírus em MS

Novo crescimento de casos ganham força em Campo Grande e no interior do Estado.



(Foto: Leonardo de França/Midiamax)



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A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), divulgou, nesta terça-feira (24), um estudo matemático que aponta o surgimento da segunda onda de contágio de coronavírus em Campo Grande e no interior do Estado.

Após dois meses de queda em exames positivos, o mês de novembro retornou o acrescimento expressivo em casos confirmados. Com base na projeção matemática desenvolvida pelos professores Erlandson Saraivae Leandro Sauer, O número de pacientes internados passou de 108 para 199; aumento de 84,26%, entre 16 a 22 deste mês.

Os dados monitorados e encaminhados à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), indicam que a quantidade de paciente internados na Capital em leitos clínicos aumentou em 22,35%, passando de 85 para 104 no período. Já a quantidade de paciente internados em leito de UTI aumentou em 313,04%, passando de 23 para 95.

 
Estudo matemático aponta início de ‘nova onda’ de casos de coronavírus em MS
Prognóstico da curva de casos em Campo Grande.

“A curva mudou de comportamento e agora apresenta uma tendência de se afastar dos valores projetados por valores superiores. Esse cenário é extremamente preocupante, pois indica o início de uma nova fase de crescimento do número de novos casos, em geral, descrito por um modelo exponencial, que é um modelo que apresenta um crescimento muito rápido”, afirma os pesquisadores.

O valor da média móvel do número de casos confirmados é de 403,14, voltando ao patamar registrado em 17 de agosto, mês que bateu recordes de registros da doença desde o início da pandemia. Comparado ao valor da média móvel da semana passada, de 226,71, houve aumento de 77,82% no valor médio do número de casos confirmados.

“Ou seja, os resultados mostram a importância de a população continuar seguindo as orientações de especialistas da área da saúde para se manter o isolamento social sempre que possível. Este procedimento é necessário para que as possamos evitar o crescimento exponencial do número de novos casos e evitaremos o colapso do sistema de saúde pública da cidade.

 

No cenário estadual, a situação também volta a preocupar. Nas últimas duas semanas, foram somados 4.532 novos pacientes contaminados, passando de 226 para 291; sendo que em leitos clínicos aumentou em 27,61%, e em leito de UTI 30,43%. A média-móvel de sete dias para o número de casos, passou de 429.29 para 644,71, crescimento de 50,88%.

“Similar ao modelo ajustado para os dados Campo Grande, o modelo ajustado aos dados do MS também apresenta uma tendência de se afastar dos valores projetados por valores superiores; que é um cenário extremamente preocupante”, completam.