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Novo foco de incêndio ameaça terra indígena isolada no Pantanal de Mato Grosso do Sul

Equipes dos bombeiros e do Ibama atuam na região, que faz divisa com MT e fronteira com a Bolívia



Em detalhe, área destacada pertence aos índios Guatós. (Imagem: Reprodução)



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A terra indígena Guató, localizada no noroeste de Mato Grosso do Sul – na fronteira com a Bolívia e divisa com Mato Grosso, está ameaçada pelo fogo. Equipes dos bombeiros e do Prevfogo/Ibama estão atuando na região do Pantanal, que fica em local de difícil acesso. O local fica a cerca de 150 km em linha reta do município de Corumbá.

Conforme o coronel Waldemir Moreira, comandante do CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros, o fogo começou no estado vizinho do MT e atravessou a divisa, atingindo a região da terra indígena. “Existem grandes incêndios que surgiram no Parque Nacional do Pantanal de Mato Grosso, ultrapassou a divisa e próxima a Serra do Amolar e do Porto Índio”, comentou.

A terra indígena conta com população de 198 indígenas, que ocupam uma área de 11 mil hectares. O analista ambiental do Ibama, Alexandre Pereira, informou que não houve necessidade de evacuação dos indígenas. “O fogo ainda está longe de onde as pessoas vivem e estamos tentando controlar as frentes de incêndio que chegaram nessa terra indígena Guató”, informou.

 

Atualmente, o Corpo de Bombeiros tem duas frentes de trabalho. Uma das bases, que atua na terra indígena, fica na Fazenda Curisal. Já a outra está localizada no pé da Serra do Amolar.

Aceiro Negro

Uma das regiões que mais foi atingida pelos incêndios no Pantanal de MS, a Serra do Amolar já não preocupa tanto. Já que, segundo o coronel Moreira, uma grande extensão de área já foi queimada. “Lá virou um grande aceiro negro, que é quando queima a vegetação e não tem mais o que queimar. Agora, está queimando onde não queimou, principalmente no lado de Mato Grosso”, explicou.

incêndios Pantanal
Incêndio na região da Serra do Amolar. (Foto: Divulgação)
 

Meteorologia

Apesar das chuvas terem interrompido a pior estiagem dos últimos anos no bioma, o volume de água não foi o suficiente para deixar a vegetação mais úmida. “Esse combustível vegetal vem de uma sequência de meses sem chuva. Embora tenha chovido, ainda tem risco de alta propagação”, detalhou o comandante do CPA.

Então, a previsão da meteorologia é de que de terça para quarta a região registre maiores volumes de chuva, que podem ajudar a eliminar os focos de incêndios.