Política e Transparência

Nome de Tereza Cristina volta a ser lembrado por colegas para presidir a Câmara

Em meio à incerteza sobre a reeleição de Rodrigo Maia, ministra da Agricultura volta a ser lembrada



Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem sido lembrada por colegas deputados federais - Divulgação



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Por causa da incerteza levantada sobre a possibilidade de Rodrigo Maia (DEM-RJ) poder ou não se reeleger na sucessão da presidência da Câmara e do desentendimento entre os partidos, o nome da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), voltou a ser cogitado para presidir a Casa.  

Apesar de o nome de Tereza ser considerado nos corredores da Câmara, a ministra ainda não tem demonstrado interesse em abandonar a pasta para entrar nesta disputa política, ainda muito embaralhada.  

O nome de Tereza chegou a ser cogitado há alguns meses, por dirigentes do DEM, para substituir Maia no posto de presidente, mas, com a incerteza sobre a possível reeleição de Maia, a conversa não avançou.  

Integrantes do partido também não viram disposição de Tereza em deixar o ministério para trabalhar por uma candidatura na Câmara. Também houve, em diversas ocasiões, a intervenção de parlamentares ruralistas para participar da eleição.

Conforme o jornal O Globo, surgiu nos últimos dias um novo movimento para colocar a ministra em evidência novamente. A informação, entretanto, não é confirmada pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Ele afirmou que não entrará em “bola dividida” e ressaltou que as quatro opções já colocadas na mesa atenderiam às pautas do governo: Arthur Lira (PP-AL); Aguinaldo Ribeiro (PP-PB); Marcos Pereira (PRB-SP); e Baleia Rossi (MDB-SP).

"O presidente não vai ter esse protagonismo na eleição da Câmara. Nós não aprendemos nada com a história? A única interferência que houve deu zebra”

Citou Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, ao comentar sobre a eleição para sucessão da Câmara em 2005, quando Lula empenhou-se para eleger um deputado do PT e a Casa elegeu Severino Cavalcanti (PP-PE) 

“Hoje, temos quatro nomes de candidatos reformistas e que compõem a base. O presidente não vai arriscar entrar na bola dividida e correr o risco de perder, já que pode ter apoio de qualquer um desses”, disse Barros.

Para que a candidatura de Tereza fique viável, ela também esperaria por um aval de Maia, colega de partido e um dos responsáveis pela ida à legenda em 2017, ou mesmo um movimento explícito de Bolsonaro, considerado improvável por deputados próximos ao presidente.  

Hoje, a tendência é de que o presidente da Câmara apoie Baleia Rossi ou dispute a reeleição, caso haja aval do Judiciário. “O presidente não vai ter esse protagonismo na eleição da Câmara. Nós não aprendemos nada com a história? A única interferência que houve deu zebra”, frisou Barros, referindo-se à eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) em 2005, quando o então presidente Lula se empenhou por Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).

ESPERA

Líderes no Congresso esperam que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre a possibilidade de reeleição no comando da Câmara e do Senado. Eles aguardam o posicionamento da Corte em relação a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), proposta pelo PTB, de Roberto Jefferson, que argumenta que a Constituição proíbe a reeleição para as mesas diretoras de ambas as Casas, inclusive em legislaturas diferentes, o que hoje é permitido.

Com o cenário do STF ainda indefinido, Maia tem evitado manifestar opiniões em relação a uma eventual candidatura à reeleição ou sobre apoiar outros candidatos. Porém, na terça-feira (6), o presidente da Câmara fez questão de levar o deputado Baleia Rossi ao jantar de reaproximação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na casa do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU).

A possível candidatura de Tereza já foi debatida por líderes do Centrão e também por parlamentares da bancada ruralista. Entre bolsonaristas, é um nome bem-visto para disputar o cargo.