Policial

Em depoimento, morador afirma que atirou instintivamente em assaltantes

Nesta manhã, um dos suspeitos do crime passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada



Policiais na casa onde ocorreu o crime (Foto: Henrique Kawaminami)



Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!


O morador do Jardim União que teve a casa invadida por assaltante, reagiu e matou um deles, contou a polícia detalhes de como o crime aconteceu e afirmou que agiu “instintivamente” para proteger as filhas, de 5 e 13 anos. Nesta manhã (8), a justiça manteve a prisão do suspeito que sobreviveu a ação.

Na manhã de sexta-feira, 4 de setembro, Pablo Marinho Severo, de 19 anos e João Vitor Silveira de Souza, renderem a empregada da família no momento em que ela saiu para colocar o lixo na rua e invadiram a casa. O morador, de 41 anos e as duas filhas também estavam na residência quando os bandidos entraram.

Para a polícia, o homem, que informou trabalhar com instalação de rastreadores veiculares e como factoring (uma atividade comercial caracterizada pela aquisição de direitos creditórios de empresas), contou que estava no quarto quando ouviu “vozes estranhas” vindas da sala. Pelo horário, contou, sabia que não teria nenhum homem além dele na casa e por isso pegou o revólver calibre 38 de dentro do guarda-roupa e se escondeu atrás da porta.

Não demorou muito para um dos bandidos aparecer. O suspeito, que mais tarde foi identificado como João Vitor, entrou primeiro no quarto das crianças. Foi nesse momento, relatou o morador, que ele reagiu. Com medo de que o assaltante fizesse algum mal as filhas, abriu a porta e “instintivamente atirou”.

Com os disparos, o segundo suspeito, que estava na sala, “fez menção de estar armado” e por isso ele também atirou. Mesmo ferido, o homem correu para a varanda e caiu perto do portão. O ladrão era Pablo Marinho. Ele foi ferido por dois tiros, um no tórax e outro na nádega.

Em depoimento, o morador detalhou ainda que perseguiu Pablo e perguntou a ele quem mandou roubar a casa, mas em resposta descobriu que a dupla era do Rio Grande do Sul. A conversa, no entanto, foi “interrompida” por João, que levantou e atirou na direção da vítima. Mais uma vez ela reagiu e disparou.

Depois disso, tentou tirar as filhas e a empregada de casa, mas não conseguiu abrir os portões. A ajuda veio de um dos vizinhos, o namorado da funcionária da casa, que ouviu os pedidos de socorro e arrombou o portão social. “Com medo de ser preso”, o morador fugiu para a casa da irmã e se apresentou a polícia horas depois para contar sua versão do crime.

“Foi terrível, fiquei assustado e acredito que no momento em que atirei pensei somente em proteger minhas filhas”, afirmou em depoimento. Ele explicou ainda que tinha a arma em casa há mais de um ano e que a comprou por R$ 1,5 mil.

João morreu no local, antes mesmo de receber socorro. Conforme apurado pela reportagem, os tiros atingiram a cabeça do assaltante. Pablo foi socorrido e levado para a Santa Casa de Campo Grande. Nesta manhã, passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.

O caso é investigado pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão de Roubos e Furto).