Policial

Chefão do tráfico internacional é preso em Campo Grande durante operação da Polícia Federal

São cumpridos mandados em Ponta Porã e Campo Grande



Ghandi Jacob foi preso em Campo Grande nesta quinta (Henrique Arakaki, Midiamax)



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Foi preso durante a operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (27), em Campo Grande um dos chefes do tráfico internacional. A operação cumpre mandados em Ponta Porã sendo 4 prisões preventivas e 2 temporárias e em Campo Grande 2 mandados de prisões preventivas.

Ghandi Jacob foi preso no bairro Vila Rica, na Capital. Ele é apontado pela Polícia Federal como um dos ‘chefões do tráfico internacional’. Não se tem ainda as identidades dos outros presos na Operação Pavo Real. Da residência foram levados documentos e a camionete Toyota SW4. Os policiais tiveram de arrombar a porta para entrar na casa. Em outro endereço no bairro Amambai, os agentes levaram câmeras e a central de armazenamento das imagens do imóvel que estava em reforma.

Ao todo são cumpridos 21 mandados de prisão, sendo 16 preventivas e 05 temporárias, e 67 mandados de busca e apreensão, nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. Ghandi Jacob teria tentado em 2019 executar um dos funcionários de Jarvis Pavão. Após a morte de Jorge Raffat, em 2016, se instalou uma guerra na fronteira para o controle do narcotráfico, uma briga entre Sérgio Arruda Quintiliano Neto, conhecido como ‘Minotauro’ e Jarvis Pavão.

 

Foi descoberta pela PF,  a existência de uma organização criminosa voltada para a ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas, que em sua maioria era dos familiares do investigado, incluindo a esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos. Todos com prisão decretada, agora, pela Justiça Federal de Porto Velho.

Agentes Federais de Execução Penal apreenderam, na cela do detento, na Penitenciária de Porto Velho bilhetes escritos de próprio punho, o que foi posteriormente confirmado por perícia contendo anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil quanto no exterior.

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Primeira fase

 

Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação, com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão, alugados pelos familiares do interno, na cidade de Porto Velho, ocasião na qual ocorreu a apreensão de arma, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram o esquema de lavagem de capitais. Os criminosos passaram a residir nos imóveis citados com o intuito de facilitar as visitas à Penitenciária Federal.

Mesmo sem a apreensão de qualquer substância entorpecente ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões, das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas, pela organização criminosa, para a movimentação dos valores ilícitos.

A Justiça Federal determinou, também, o sequestro específico de 17 veículos de luxo, com valores individuais de mercado superiores a R$ 100 mil cada, que, somados, alcançam um valor aproximado de R$ 2.3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome/em uso pelos investigados.

Foram sequestrados, ainda, cerca de 50 imóveis que, segundo valores atuais de mercado, ultrapassam a quantia de R$ 50 milhões, além de dezenas de outros imóveis, registrados em nome de membros da organização criminosa, cujo valor patrimonial total será apurado após a deflagração.