Policial

Conversa revela que briga fútil antecedeu assassinato a sangue frio de motoentregador

Defesa pediu revogação da prisão alegando ‘personalidade pacífica’ de Bruno



Emerson foi assassinado com tiros nas nádegas e cabeça (Reprodução)



Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!


Uma conversa entre Bruno César de Carvalho, de 24 anos, e o colega motoentregador Emerson Salles da Silva, de 33 anos, revelou que o assassinato teria sido cometido por uma briga fútil, por causa de uma escala de trabalho deles na lanchonete. Bruno se entregou nesta quarta-feira (19) depois de ter a sua prisão preventiva decretada pelo juiz da 2º Vara do Tribunal do Juri.

Em uma das conversas que antecederam o crime e que o Jornal Midiamax teve acesso, Emerson manda um áudio para Bruno falando sobre não ter gostado de ter de trabalhar no seu lugar, já que o autor teria mandado arrumar a motocicleta. Em resposta, Bruno diz em uma das mensagens “Larga mão de ser c*, vai trabalhar, eu preciso arrumar minha moto”.

Em seguida outra mensagem é enviada por Emerson a Bruno, “vamos ver se você é bravo mesmo, fodão”. O autor responde, “só reclama, aqui não é Corumbá, não. Respeita se não vai levar madeirada”.

 

Os dois continuam trocando ofensas e no dia do crime acabam entrando em vias de fato, trocando socos na lanchonete na Avenida Mato Grosso. Eles chegam a ser separados por funcionários, mas voltam a brigar e Bruno vai até a mochila e retira o revólver avisando que está armado.

Em seguida pelas imagens divulgadas é possível ver quando Bruno faz disparos contra Emerson, que se agarra a pilastra da lanchonete e cai no chão, sendo que neste momento o autor se aproxima e faz um disparo contra a cabeça de Emerson, que chega a ser socorrido, mas morre na Santa Casa. Uma funcionária do local entra em desespero e pede para Bruno não atire contra Emerson, que ainda está vivo, mas de nada adianta.

A defesa de Bruno César entrou com pedido da revogação da prisão preventiva dele ainda nesta quarta-feira (19) alegando que a manutenção da prisão não se sustenta pelo fato do rapaz ter bons antecedentes criminais, ter residência fixa, personalidade pacífica e trabalho fixo.

De acordo com a advogada Adriana Melo, Bruno teria agido sob violenta emoção no dia do crime e que a família do rapaz não entende como tudo aconteceu e acredita que ele tenha ficado transtornado e perdido a noção de si para cometer o assassinato.

De acordo com a advogada, testemunhas teriam afirmado que a briga que terminou em crime teria sido começada por Emerson, com xingamentos e socos contra Bruno. “Estão fazendo um movimento para acabar com a imagem do Bruno”, disse Adriana que afirmou que seu cliente é pacífico.

O assassinato

Um dia antes do crime, na quarta-feira, Bruno teria levado a motocicleta para arrumar e, por isso, avisou que Emerson trabalharia sozinho. Assim, os dois já tiveram uma primeira briga, em que trocaram xingamentos. Já na noite do crime, o autor estava conversando com um funcionário da lanchonete e perguntou se era Emerson quem iria lá. “Tomara que ele nem venha, se não ele vai ter o dele”, teria ameaçado o colega, momentos antes de Emerson chegar ao serviço.

Assim, logo que Emerson chegou ele e o colega iniciaram a discussão e depois começaram a se agredir. Com isso os dois teriam trocado socos e ainda foram ‘apartados’ pelas pessoas que estavam ali, mas brigaram novamente.

Foi então que o entregador sacou a arma de fogo, que não se sabe ao certo se estava na cintura ou na mochila. Neste momento ele fez os primeiros disparos e a dona da lanchonete implorava para que ele não matasse Emerson. Mesmo assim, ele deu mais um disparo na cabeça da vítima.