Policial

Padrasto preso após levar criança com sinais de tortura para UPA é liberado

O suspeito ganhou liberdade por ser réu primário, ter residência fixa e emprego, mas não pode se aproximar do menino



Criança foi atendida na UPA Vila Almeida (Foto: André Bittar/ arquivo)



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O motorista de 26 anos preso por torturar o enteado de 2 anos e 8 meses foi liberado após passar por audiência de custódia nesta terça-feira (18), em Campo Grande. O caso foi descoberto depois que a criança foi levada com vários hematomas para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida. No local, o autor afirmou que o menino havia caído da cama.

Conforme apurado pela reportagem, o suspeito foi liberado por ser réu primário, ter residência fixa e emprego. No entanto, como condição para permanecer livre, não pode se aproximar da criança.

 

Ele estava preso desde ontem, quando o caso foi descoberto pelas equipes de socorro da unidade de saúde e a Polícia Militar avisada. Para os militares, a mãe da criança contou que namora o suspeito há oito meses e na tarde desta segunda-feira, deixou o filho com ele para ir no mercado.

Pouco depois, recebeu uma ligação do motorista. Por telefone, ele avisou que o enteado havia caído da cama e batido a cabeça em um banco de madeira. Ela voltou para a casa e os dois levaram a criança na UPA. O menino deu entrada na unidade às 16h30 com hematoma na testa, coágulo na cabeça e na nuca, além de vermelhidão nas costas.

Para os médicos, as lesões não condiziam com o tombo e por isso a polícia foi chamada. Antes dos militares chegarem, a família deixou a unidade, mesmo sem a criança receber alta. Eles foram encontrados em casa. A mulher afirmou que saiu do local porque o aparelho de raio-x estava estragado e não teria como o filho ser submetido ao exame.

Todos foram levados para a delegacia. Ainda conforme a ocorrência, uma tia da criança conversou com ela e perguntou sobre o crime. O menino confirmou que foi agredido e também que caiu da cama. Por conta disso, o motorista foi preso em flagrante e a mãe liberada após prestar depoimento.