Política e Transparência

Procuradoria regional entende que não há justa causa na desfiliação de Contar do PSL

A exemplo de Bolsonaro, Contar quis deixar a sigla na esperança de que fosse criada a Aliança pelo Brasil



(Foto: Divulgação/Luciana Nassar/ALMS)



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A Procuradoria Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul entendeu que não há justa causa para a desfiliação do deputado Capitão Contar do PSL. O movimento deve complicar a saída do parlamentar do partido sem o risco de perder o mandato na Assembleia Legislativa (Alems). A exemplo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Contar quis deixar a sigla na esperança de que fosse criada a organização Aliança pelo Brasil, que não saiu do papel a tempo para as eleições deste ano.

No começo do mês,  o deputado alega que a presidente regional do partido, senadora Soraya Thronicke, contestou o pedido de desligamento, impedindo que o parlamentar saia da sigla e possa cumprir o exercício de quatro anos como parlamentar.

Ao justificar sua iniciativa, Capitão Contar alegou que o PSL se desviou, de forma reiterada, de seu programa partidário, passou a ser investigado por fraudes na candidatura de mulheres, conhecido como o “escândalo das candidaturas laranjas”, e passou a ser investigado por fraudes e irregularidades graves na prestação de contas.
 
O procurador regional eleitoral, Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves pontuou à imprensa que “a fidelidade do capitão do Exército a Bolsonaro não é motivo suficiente para mudar de partido”. “Isso significa que só o fato de ter, o Presidente da República, deixado o partido pelo qual foi eleito com o intuito de criar nova legenda, não configura justa causa para a desfiliação do requerente, mesmo porque este foi eleito pelo sistema proporcional, que possui regras específicas e, no interesse dessa demanda, diversas do majoritário, afeto aos cargos de chefia do poder executivo”
 
O movimento de desligamento de filiados segue a tendência nacional de saída do partido, desde que o presidente Jair Bolsonaro saiu e anunciou a tentativa de criação do Aliança pelo Brasil. Muitos se filiaram ao Republicanos, assim como o filho do presidente. Em MS, o partido é o 8º com maior número de filiados: 15.966. O PSL aparece em 14º, com 7.112.