Policial

Servidor da Sefaz trabalhava no almoxarifado e desviava mercadorias durante distribuição

Empresas que compravam os produtos vão responder por receptação



Foto: Henrique Arakaki, Midiamax



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Servidor investigado por desviar materiais da Sefaz-MS (Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul) era funcionário do almoxarifado e tinha liberdade para sair com os produtos. Alvo de mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira (13), ele aproveitava o horário de expediente para agir. As mercadorias eram vendidas ilegalmente para empresas cujo os responsáveis vão responder por receptação.

De acordo com o delegado Ricardo Meirelles, da 3ª Delegacia de Polícia Civil de e responsável pelo inquérito,  o funcionário público se valia do prestígio do cargo, bem como da confiança adquirida ao longo de 20 anos de serviços prestados, para não levantar suspeita. Parte da rotina dele distribuir às unidades da secretaria resmas de papel sulfite e outros produtos de almoxarifado. Para tanto, usava veículo do Estado.

Parte dos bens eram deixados na casa dele. Ele vinha agindo há dois anos e colegas, bem como vizinhos, passaram a desconfiar, tendo em vista o sumiço de parte das encomendas. Ele também era visto descarregando em casa. “Ele estava prestes a terminar a carreira com mais de 20 anos e poderia se aposentar com conduta ilibada, mas acabou cometendo este crime”, explicou o delegado Meirelles.

Além de material proveniente de órgãos públicos como canetas e papéis de envelope, os policiais apreenderam na casa dele ainda R$ 4 mil em espécie. Ele afirmou que parte do dinheiro resultou das vendas destes produtos, e que teria lucrado cerca de R$ 50 mil. “Estamos fazendo um levantamento para avaliar o total do prejuízo”, explicou o delegado, lembrando que as investigações prosseguem.

O próximo passo é descobrir quais são as empresas que compravam as mercadorias, pois os responsáveis vão responder por receptação. “A investigação só termina quando todos os envolvidos são indiciados”. O servidor foi indiciado por peculato, mas não foi preso por não haver flagrante. Caso seja condenado,  pode pegar até 12 anos de prisão e se obrigado à restituir os danos causados ao erário.