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Sociedade de Infectologia pede abandono da hidroxicloroquina

Dados que embararam recomenção estão em pesquisa feita em 40 estados dos EUA, com os efeitos colaterais de vômito e diarreia em 43% dos pacientes





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Pesquisa realizada em 40 estados dos EUA e três províncias canadenses revela que, além de não gerar efeito positivo no combate à covid-19 nos pacientes que participaram dos estudos, o medicamento causou em 43% deles efeitos colateriais, ou seja, negativos, como dor abdominal, diarreia e vômito.

A informação foi trazida ao Brasil pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que também usou um estudo na Espanha apontando para o mesmo resultado, de ineficiência da substância no tratamento dos afetados pelo novo coronavírus.

Diante disso, a SBI reforçou ser contra a utilização do medicamento, recomendando que ele seja abandonado urgentemente no tratamento de qualquer fase da covid-19, afirmando ainda que secretários de Saúde devem se abster de gastar recursos com tal substância, o que pode ser classificado como mau uso do dinheiro público.

"Que o recurso público seja usado em medicamentos que comprovadamente são eficazes e seguros para pacientes com covid-19 e que estão em falta, tais como anestésicos para intubação orotraqueal de pacientes que precisam ser submetidos à ventilação mecânica, bloqueadores neuromusculares para pacientes que estão em ventilação mecânica", frisa.

A nota publicada pela SBI ainda aponta a necessidade de investir mais recursos em aparelhos que podem permitir o diagnóstico precoce de covid-19 grave, como oxímetros para o diagnóstico de hipóxia silenciosa, e em testes diagnósticos de RT-PCR da nasofaringe (os que usam cotonete) para pacientes sintomáticos.

Por fim, a Sociedade Brasileira de Infectologia ainda destaca que o dinheiro pode ser aplicado no aumento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respiradores e em recursos humanos - no caso, com contratação e remuneração dos profissionais de saúde.

"Neste momento ainda tão difícil da pandemia da covid-19, no nosso país, este informe tem a finalidade de esclarecer, colaborar e divulgar as principais evidências científicas que devem orientar os médicos e entidades públicas e privadas para que todos brasileiros recebam diagnóstico adequado e tratamento eficaz e seguro", conclui.