Política e Transparência

Governo gasta R$ 4,2 milhões em compra de EPIs, mas equipamentos continuam em falta

Funcionários do HRMS apontaram que os itens de segurança contra o coronavírus estão faltando; Saúde nega





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Após a denúncia de uma funcionária do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) envolvendo suposto descaso no Hospital de Campanha instalado para atender os pacientes da Covid-19, o novo coronavírus, outros funcionários suspeitam que os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) disponibilizados não têm sido o suficiente para a demanda, mesmo com montante milionário gasto nas compras dos itens.

Governo gasta R$ 4,2 milhões em compra de EPIs, mas equipamentos continuam em falta
Gastos do Governo do Estado com EPIs | Foto: Portal da Transparência

De acordo com informações obtidas no Portal da Transparência, o Governo do Estado teria gasto R$ 4.291.555 em materiais de proteção individual durante as ações de combate ao vírus em MS, mas conforme um trabalhador do hospital, estariam faltando luvas e aventais aos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

 

Desde o início da pandemia em MS até agora, foram 57 contratos emergenciais firmados pelo Estado, como a compra de máscaras de tecido, no valor de R$ 3,1 milhões e R$ 216 mil para a compra de luvas.

As luvas de proteção teriam sido disponíveis apenas no tamanho ‘P’ e as máscaras N95 não estariam sendo liberadas aos servidores do HRMS, segundo o funcionário. O repasse de materiais foi questionado pelos trabalhadores que atuam na linha de frente do combate ao vírus.

Em nota, a assessoria de imprensa da SES (Secretaria Estadual de Saúde) negou que esteja faltando os materiais e que denuncia de funcionário não seria verdadeira. “O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul está fornecendo EPIs para todos os servidores”, disse.

Hospital de campanha é alvo de denúncias

 

Instalado e em funcionamento, o Hospital de Campanha no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) tem problemas de estrutura que expõem pacientes com covid-19 a frio e goteiras durante as chuvas do último fim de semana em Campo Grande.

Segundo a denúncia, as tendas sofreram infiltrações e pacientes que estavam internados chegaram a ficar no frio no último sábado (27).

De acordo com os relatos ao Jornal Midiamax, funcionários dos HRMS chegaram a ser orientados para não ficarem na tenda durante a chuva, pois ‘não seria seguro’. “Fomos orientadas para, com chuva de vento, não ficar ali porque não é seguro. E como ficam os pacientes lá?”, questionou uma servidora.

Os servidores também se preocupam com o fato de os pacientes dentro do Hospital de Campanha terem passado frio e correrem risco de se molhar com infiltrações da chuva.

“Tinham pacientes lá dentro e choveu e molhou muito [dentro]. Isso porque não foi uma chuva forte. A tal tenda acumula água em cima e depois começa a cair como se fosse uma cachoeira”, relatou à reportagem.

Em nota enviada ao Midiamax, a assessoria de imprensa da SES disse que quando são detectados quaisquer problemas nas tendas, a manutenção é acionada de imediato. Confira a nota na íntegra:

A Secretaria de Estado de Saúde informa que assim que constatados problemas nas estruturas das tendas, como pequenas goteiras no Hospital de Campanha, a empresa responsável contratada já iniciou os reparos necessários imediatamente. A SES ressalta que um servidor fica monitorando toda estrutura e acompanha in loco todas as manutenções diárias, pontuais e necessárias são realizadas periodicamente para o atendimento seguro dos pacientes e que todos os protocolos de segurança foram adotados pelas empresas contratadas“, disse.