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Tempestade de areia a caminho da Amazônia não deve afetar clima no MS, afirmam cientistas

Fenômeno é recorrente no Atlântico, mas, neste ano, assumiu raras proporções



Deslocamento da nuvem de sedimentos do Saara. (Reprodução/NOAA)



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A tempestade de areia que parte do Deserto do Saara a caminho da Amazônia – que, neste ano, assumiu raras proporções -, não deve afetar o clima no Mato Grosso do Sul, mesmo que este seja influenciado pelos regimes de chuvas da Floresta Amazônica. As informações são da física Franciane Rodrigues, coordenadora de meteorologia do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do MS, da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura do Estado, a Semagro.

Impulsionado por ventos fortes, o pó do Saara viaja anualmente através do Oceano Atlântico do oeste da África durante a primavera no Hemisfério Norte. Desta vez, a massa de ar seca percorreu 8 mil km até o Caribe. A nuvem que atravessou o Oceano Atlântico e atingiu Cuba começou agora a afetar até a qualidade do ar na Flórida, nos Estados Unidos.

 

Franciane explicou aos leitores do Jornal Midiamax que esse fenômeno é recorrente e possui o efeito benéfico de fertilizar, com os sedimentos que carrega, a vegetação da floresta amazônica, e portanto é bem-vinda aos ecossistemas da região. Ele ponderou, no entanto, que, dadas as proporções da nuvem em 2020, “pode afetar a qualidade do ar e a saúde das pessoas mais sensíveis.

Apesar do clima amazônica influenciar fortemente o regime de chuvas do Pantanal e o clima de todo o Estado, Franciane afirmou que a nuvem do Saara não deve afetar significativamente o clima por aqui.

Você pode assistir à movimentação da massa de areia no tuíte abaixo, feito pela página da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, órgão do governo americano.