Esportes

Comitê Olímpico diz que não vai reduzir investimento na preparação dos atletas

Em entrevista, o presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira, afirmou que tem procurado economizar em vários segmentos



Foto: illustrativa.



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A pandemia do novo coronavírus mudou a data dos Jogos de Tóquio-2020 e mexeu com a agenda de milhares de atletas pelo mundo, mas a promessa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é que, apesar de tantas alterações, o investimento no Time Brasil permanecerá o mesmo. Em entrevista ao Estadão, o presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira, afirmou que tem procurado economizar em vários segmentos, exceto no que diz respeito à preparação dos atletas.

Nesta terça-feira, o esporte comemora o Dia Olímpico, por ser a data de fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI), em um momento inusitado. O fim de junho seria marcado pelas viagens rumo ao Japão e pela expectativa da disputa por medalhas. No entanto, agora é momento de dirigentes repensarem planejamentos e buscarem alternativas para que o adiamento dos Jogos em um ano não prejudique o rendimento dos competidores.

“Os valores olímpicos nos ensinam amizade, respeito, excelência, autoconfiança e solidariedade. Isso nos ajuda nesse momento não só aos atletas como também à humanidade. Vivemos um momento ímpar da nossa existência. Só uma pandemia e Guerras Mundiais conseguiram atrapalhar a realização de Jogos”, disse Paulo Wanderley em entrevista por videoconferência.

 

A dificuldade com o adiamento impactou em várias áreas do COB. A entidade colocou funcionários em home office, não fez cortes na folha de pagamento e revelou que pretende realizar uma economia de até R$ 43 milhões com a readequação de finanças em outros segmentos. Mas esses cortes não vão atingir a preparação dos atletas. “Reestruturamos as áreas, renegociamos contratos e tivemos um contingenciamento que é saudável e que nos ajuda a não sofrer grandes problemas. Cortamos gastos em outras áreas, mas o foco, que é a preparação dos atletas, nós não mudamos”, afirmou.

Um fator que contribuiu para o COB conseguir economizar sem prejudicar os atletas foi a própria remarcação da Olimpíada. Como a data só foi adiada em um ano e a cidade-sede foi mantida, isso possibilitou remarcar passagens aéreas e negociar com fornecedores sem graves problemas. “Não suspendemos programas de preparação olímpica. Nós continuamos vigilantes e renegociando contratos, seja de aluguel ou com fornecedores. Temos uma estrutura sólida para suportar esse maremoto”, explicou.

O próximo passo do planejamento será organizar uma grande expedição brasileira rumo à Europa. O COB mapeou países onde a pandemia esteja em fase de desaceleração, como Portugal, e vai comandar a partir de julho o envio de atletas para cidades como Lisboa e Coimbra, onde vão realizar temporadas de treinamento. Uma preocupação será com o rodízio de esportistas, para evitar que um grande número de pessoas tenham de compartilhar as mesmas estruturas.

Segundo o presidente do COB, a pandemia não afetará a programação da entidade de realizar eleições no fim deste ano. “A eleição está prevista no estatuto. Não vou mexer uma vírgula nisso. O COI facultou aos comitês olímpicos nacionais que postergassem eleições, para quem tivesse algo marcado, mas nós manteremos a data”, completou.