Policial

Corregedoria afastará delegado e investigador presos na 3ª fase da Omertà

Corregedoria solicitará compartilhamento de provas colhidas contra policiais civis presos



Terceira fase da Operação Omertà (Leonardo França, Midiamax)



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A Corregedoria-Geral da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul afirmou por meio de nota que adotará medidas para o afastamento compulsório de Márcio Shiro Obara, ex-titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) e do investigador da Polícia Civil, Célio Rodrigues Monteiro, ambos presos na 3ª fase da Operação Omertà, nesta quinta-feira (18).

Eles são apontados como integrantes da organização criminosa chefiada por Jamil Name e Jamil Name Filho, presos no final do ano passado, na primeira fase da Omertà.

A Corregedoria da Polícia Civil ainda afirmou na nota que solicitará a Justiça o compartilhamento de provas e informações colhidas contra os policiais civis presos, que “subsidiarão a instauração dos procedimentos administrativos disciplinares cabíveis nos termos do que disciplina a Lei Orgânica da Policia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul”.

A força-tarefa deflagrada nesta quinta cumpre 18 mandados de prisão preventiva, duas de prisão temporária e três de busca e apreensão, em Campo Grande e Ponta Porã. Na cidade de fronteira, a polícia cercou logo cedo a casa do empresário Fahd Jamil, que já foi investigado e condenado por narcotráfico.

Alguns dos presos teriam ligação com Jamil Name. O empresário está preso na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, desde novembro de 2018. Mandados de busca e apreensão também são cumpridos na casa de um investigador da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios).

O Jornal Midiamax apurou ainda que foram cumpridos contra Jamil Name e Jamil Name filho novos mandados de prisão preventiva por organização criminosa.

Delegado preso
Márcio Shiro Obara, atualmente lotado na 2ª Delegacia de Polícia Civil, ex-titular da DEH, estava sendo investigado na primeira fase da Omertà por receber propina no valor de R$ 100 mil depois do assassinato do policial da reserva e chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ilson Figueiredo, em junho de 2018.

Figueiredo teria sido executado em Campo Grande em vingança pela morte de Daniel Alvarez Georges, 43 anos, filho de Fahd Jamil. O chefe de segurança do Legislativo de Mato Grosso do Sul foi acusado de ‘sumir’ com Daniel em maio de 2011 e o corpo nunca foi localizado.

Operação Omertà
Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, além de policiais civis e guardas municipais foram presos por suspeita fazerem parte de suposta milícia armada.

As investigações tiveram início em abril de 2019, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

Na segunda fase da Operação Omertà, em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba.

Em seguida, foi deflagrada nova fase após descoberta de suposto plano contra autoridades, entre elas promotor de Justiça do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que atua no Gaeco.