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Delegado critica Lei de Abuso de Autoridade durante homenagem a policiais da Derf

Delegado falou que caso serve de alerta para que país rediscuta situação provocada pela Lei de Abuso de Autoridade



Policiais de Dourados prestaram homenagem nesta quarta-feira. Imagem: Osvaldo Duarte, Dourados News



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Durante homenagem aos investigadores da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) assassinados em Campo Grande nesta terça-feira (09), o delegado regional da Polícia Civil em Dourados, Lupérsio Degerone Lúcio pediu revisão das determinações imposta pela Lei de Abuso de Autoridade.

Segundo o delegado, a lei dificulta as ações policiais. “Isto dificulta as ações e deixa o policial inseguro durante as atividades do dia-a-dia. Eu penso que não da para não deixar de falar sobre isso. Espero que este exemplo de Campo Grande sirva de alerta para que o país rediscuta essa situação provocada pela Lei de Abuso de Autoridade”, disse o delegado.

Nesta quarta-feira (10), policiais de todas as delegacias de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, com demais servidores das forças de segurança da cidade, realizaram uma homenagem aos dois policiais civis da Derf, Antônio Marcos Roque da Silva, 39 anos, e Jorge Silva dos Santos, 50, assassinados durante serviço nesta terça-feira (09).

 

Conforme o Dourados News, Lupérsio destacou ainda que o crime ocorrido na Capital de Mato Grosso do Sul “acende o sinal de alerta” em todas as divisões policiais.

Em Campo Grande na manhã desta quarta, o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, lamentou que a situação tenha decorrido desta forma em vista à lei de abuso de autoridade. “Infelizmente por causa da lei não houve o emprego de algemas, porque foi classificado como testemunha”, esclareceu o delegado.

Crime

Antônio e Jorge estariam investigando o furto de joias a um ourives em Campo Grande, quando foram assassinados com tiros na cabeça, por Ozéias Silveiras Morais, que acabou morto em confronto durante a madrugada desta quarta-feira (10).

O outro envolvido, que estava preso dentro da viatura quando o crime ocorreu, William Dias Duarte Cormelato, fugiu após o assassinato dos investigadores, mas foi localizado pela polícia. A advogada Regina Lucia Diniz, que representa Willian, disse que ele não tem envolvimento com o homicídio dos policiais, nem com o roubo que os policiais da Derf investigavam.