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Marido de venezuelana vítima do coronavirus em Dourados precisa de ajuda para criar filhos

À espera da mãe, que não chega, três crianças pequenas choram todos dias em Dourados.



Casal veio para Dourados reconstruir a vida. (Foto: Jonne Roriz/VEJA).



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Há 10 dias chegava ao fim o sonho de um casal que fugiu da ditadura venezuelana para construir uma nova vida no Brasil. Com 27 anos Ruselys Esther Hernandez Benavides cuidava de três filhos, um menino de seis anos, outro de três e uma menina que tinha acabado de completar um ano e ainda era amamentada, quando foi internada no dia 26 de maio com problemas de respiração e, em apenas três dias, se tornou mais uma vítima do coronavirus.

Abatido, o marido ainda não consegue entender o fim trágico da companheira de viagem e segue em isolamento, em cumprimento às recomendações das autoridades sanitárias. Ele é funcionário da unidade da JBS em Dourados e aguarda para voltar ao trabalho.

Em casa, reúne forças para consolar os filhos que choram todos os dias à espera da mãe, que não chega.Para homenagear a esposa, viúvo fez recentemente um vídeo de quatro minutos e meio onde registra os bons vividos em família. Recolhido, ele ainda relembra o sepultamento feitos às pressas, sem a presença de parentes, nem de amigos.

A pastora Salete Alexandrina de Brito Vieira, da Igreja Evangélica Aprisco, que era frequentada pelo casal, acompanha de perto a história da família e agora, lidera uma campanha iniciada neste final semana para conseguir recursos financeiros para custear a vinda dos avós maternos das crianças, que moram na Venezuela.

“A vinda dos pais de Ruselys podem trazer um pouco de conforto para essas crianças que nesse momento precisam de muitos cuidados e também de muito amor”, relata a pastora que vem recebendo doações de alimentos, produtos de higiene roupas e agasalhos.

“Graças a Deus, temos encontrado o apoio de muitas pessoas com bom coração que tem ajudado, inclusive, das contas de água e energia elétrica. O aluguel está sendo pago com salário que ele recebe na JBS. Nossa meta agora é conseguir recursos para trazer os avós para ficarem com os netos”, conta Salete.

A pastora também foi procurada por profissionais de outras áreas, como psicólogos, assistentes sociais e fonoaudiólogos. Segundo ela, após esse período de isolamento, as crianças passarão a receber atendimento especializado. “Que tiver interesse em auxiliar com recursos financeiros para custear a vinda dos avós maternos das três crianças, pode entrar em contato comigo pelo telefone (67) 9 98147085”, explica Salete.

Fonte: Midia Max/Marcos Morandi