Policial

Defesa nega que réu tenha sido contratado por milícia para rastrear vítima

Além disso, garantiu que homem não prestava serviços de hacker



Hacker Eurico no momento da prisão. Ele foi liberado na sexta passada. Foto: Arquivo



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A defesa do suposto hacker Eurico dos Santos Mota, apontado nas investigações da Operação Omertà como um dos envolvidos com a milícia ligada a execuções em Campo Grande, tenha sido contratado para monitorar vítimas, conforme revelado em investigações da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Eurico chegou a ser preso, mas teve a prisão preventiva revogada na sexta-feira (29) pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Conforme já noticiado, o grupo supostamente liderado por Jamil Name e Jamil Name Filho teria contratado Eurico para rastrear e tentar atrair o ex-capitão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Paulo Roberto Teixeira Xavier, alvo da milícia. 

Os pistoleiros no entanto, erraram o alvo e mataram, em abril do ano passado, Matheus Coutinho Xavier, filho de Paulo. A vítima estava na caminhonete do pai, que foi atingida por tiros de fuzil. Apesar da suposta participação de Eurico, o advogado Alex Viana de Melo nega tais alegações. Ele afirma que o cliente não é e nunca foi hacker e, por este motivo, não poderia prestar este serviço.

Além disso, garantiu que Eurico jamais foi peça-chave para esclarecimento dos fatos, tendo em vista que, conforme Alex, outras testemunhas citadas no processos tiveram participação mais relevante neste sentido. “Assim, nunca esteve foragido, nunca se negou a prestar esclarecimento, onde a deturpação dos seus depoimentos ocorreram num ambiente de muita pressão psicológica, sem que o mesmo tivesse a oportunidade de falar com um familiar ou com um advogado”, afirmou Alex em nota à imprensa.

A defesa afirma ainda que o réu sequer conhece os demais envolvidos. “Ressalta-se que, não conhece nenhum dos acusados, muito menos, a vítima, sendo que na instrução processual será demonstrado o seu completo desconhecimento sobre a narrativa acusatória. Por último, restará provado perante a justiça que Eurico não teve nenhuma participação no delito”.