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Crítico a ditaduras, Trump ameaça fechar redes sociais nos EUA por ‘calarem conservadores’

Presidente levantou suspeitas sobre atuação de empresas de tecnologia no processo eleitoral



Foto: reprodução



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Apesar de duras críticas contra regimes que julga “ditatoriais”, ao longo de seu governo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma ameaça polêmica em sua conta no Twitter, nesta quarta-feira (27), e disse que poderia “fechar” as redes sociais no país, acusando-as de “silenciarem” vozes conservadoras.

Membros do Partido Republicano, de Trump, “sentem que plataformas de mídias sociais silenciam totalmente vozes conservadoras. Vamos regular fortemente, ou fechá-las, antes que permitamos que isso aconteça. Vimos o que eles tentaram fazer, e falharam, em 2016. Não podemos permitir uma versão mais sofisticada daquilo”, tuitou o mandatário americano.

Donald J. Trump
 
@realDonaldTrump
 
 

Republicans feel that Social Media Platforms totally silence conservatives voices. We will strongly regulate, or close them down, before we can ever allow this to happen. We saw what they attempted to do, and failed, in 2016. We can’t let a more sophisticated version of that....

 
57,6 mil pessoas estão falando sobre isso
  

A atuação das empresas de tecnologia durante a campanha presidencial de 2016 foi amplamente discutida por autoridades dos Estados Unidos.  O dono do Facebook, Mark Zuckerberg, foi, inclusive, sabatinado por congressistas, por conta do escândalo envolvendo a companhia de consultoria política britânica Cambridge Analytica, que usou dados de milhões de usuários do Facebook no mundo todo para desenvolver estratégicas políticas suspeitas em processos eleitorais de vários países.

Brasil

Em 4 de abril de 2018 – ano em que o presidente Brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), venceu a disputa eleitoral -, o Facebook anunciou que as contas de pelo menos 87 milhões de pessoas foram atingidas em 10 países, e, segundo estimativas da empresa, os dados pessoais de 4,5 milhões de brasileiros foram usados sem consentimento prévio. Só nos EUA foram atingidas mais de 70 milhões de pessoas.

Paralelamente, a Polícia Federal cumpre, hoje, no Brasil, 29 mandados referentes à investigação sobre notícias falsas conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que apura ameaças a ministros. Essas notícias foram veiculas em redes sociais operadas também pelo Facebook.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas em 14 endereços de São Paulo (11 na capital e 3 em Araraquara, no interior do estado), 3 do Distrito Federal, 6 do Rio de Janeiro, 1 do Mato Grosso, 3 do Paraná e 3 de Santa Catarina.

Bolsonaristas suspeitos de financiarem disparo de fake news, como o dono da Havan – o empresário Luciano Hang -, tiveram celulares e computadores apreendidos. Aliado de bolsonaro, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, também foi alvo da PF.

Também são alvo da operação:

• a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP);
• a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF);
• o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ);
• o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP);
• o deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP);
• o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR);
• o deputado federal Geraldo Junior do Amaral (PSL-MG);
• o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança;
• o blogueiro Allan dos Santos, próximo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido);
• o músico e humorista Rey Biannchi;
• o youtuber Enzo Leonardo Suzin Momenti;
• a ativista bolsonarista Sara Winter;
• o empresário Edgard Corona, presidente da rede de academias Smart Fit;
• o comandante Winston Rodrigues Lima, coordenador do Bloco Movimento Brasil.

Vale ressaltar que os deputados citados não tiveram computadores, celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos apreendidos, como os demais alvos da operação, mas terão que prestar depoimento.