Brasil

Uso da cloroquina dependerá de médico e paciente, diz Ministério da Saúde

A prescrição, nesses casos, deverá ficar a critério do médico, além de ser necessária uma declaração do paciente ou de familiares para o uso da medicação.



Coletiva de imprensa com equipe técnica do Ministério da Saúde - Foto: Júlio Nascimento/PR



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O Ministério da Saúde divulgou na quarta-feira (20) novas orientações sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.

As novas diretrizes são para o uso precoce do medicamento, quando o paciente apresentar sintomas leves ou moderados da doença.

A prescrição, nesses casos, deverá ficar a critério do médico, além de ser necessária uma declaração do paciente ou de familiares para o uso da medicação.

O protocolo começa a valer para todos os pacientes diagnosticados com o novo coronavírus em tratamento na rede púbica de saúde.

O governo já distribuiu 2,9 milhões de unidades de fosfato de cloroquina para todo País.

Em suas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro, explicou que a cloroquina pode ser usada em casos leves, com recomendação médica e autorização do próprio paciente/família.

"Ainda não existe comprovação científica, mas sendo monitorada e usada no Brasil e no mundo. Contudo, estamos em guerra: ‘Pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado’."

Segundo o Ministério da Saúde, a nova orientação do Governo Federal quer garantir a igualdade de direitos entre os pacientes da rede pública e privada de saúde.

"Há um clamor da sociedade, por meio das instituições médicas, representações populares e parlamentares, pedindo ao Ministério da Saúde uma manifestação formal, uma vez que no Brasil, para brasileiros de uma determinada classe social, há o direito da prescrição médica desses medicamentos; e para uma camada menos favorecida economicamente, há a limitação do acesso a essas medicações", disse a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro.

"O que nós queremos é, hoje, tornar o princípio da equidade defendido e garantido pelos SUS como uma realidade para todos os brasileiros", destacou.

De acordo com o Ministério da Saúde, estados, municípios e hospitais da rede privada já estabeleceram protocolos próprios de uso da cloroquina e da hidroxicloroquina.

Afirmou que há estudos sobre o medicamento, mas que até o momento, não existem evidências científicas robustas que possibilitem a indicação da terapia.

Mas indicou que a nova orientação uniformiza a informação para os profissionais da saúde do SUS e que caberá ao médico a decisão de prescrever o remédio com aval do paciente.

"Nós não estamos nos afastando da ciência, nós estamos nos aproximando da necessidade de garantir a vida em tempos de guerra", ressaltou a secretária.

"Estamos cuidadosos, atentos e fazendo nosso papel para que todos os esforços no Brasil aconteçam para redução das mortes, redução do sofrimento das famílias e garantia de acesso oportuno e precoce ao único tratamento que nós temos hoje para essa doença", disse.

Para casos graves, continua o protocolo anterior, em que o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina já era autorizado no tratamento dos pacientes.

  • perda do olfato e/ou do paladar
  • coriza
  • diarreia
  • dores de cabeça, muscular ou abdominal
  • febre
  • tosse
  • fadiga
  • tosse persistente com febre persistente diária
  • tosse persistente com piora progressiva de outro sintoma relacionado à Covid-19
  • pelo menos um dos sintomas acima + presença de fator de risco (idosos; portadores de doenças crônicas, entre elas diabetes, hipertensão e asma; gestantes e lactantes)
  • Síndrome Respiratória Aguda Grave
  • Síndrome Gripal que apresente: Dispneia/desconforto respiratório
  • pressão persistente no tórax
  • saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente
  • coloração azulada de lábios ou rosto