Policial

Em 90 mil metros quadrados, cães não acham pistas do paradeiro de Graziela

Investigação trabalha com a hipótese da mulher ter sido esquartejada



Bombeiros deixam local de buscas com cadela Laika e ferramentas (Foto: Henrique Kawaminami)



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Após 4 horas e meia em duas áreas que totalizam 90 mil metros quadrados farejados, as cadelas Cindy (da raça labrador) e Laika (pastor holandês) deixaram buscas sem encontrar pistas do paradeiro de Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, desaparecida há 45 dias. Bombeiros e policiais vasculharam terrenos no Jardim Noroeste e no Parque Jardim Atlântico (antigo Balneário Atlântico), na saída para Três Lagoas, endereços apontados pela investigação como possíveis locais onde o corpo da mulher poderia ser encontrado.

Preso, o marido de Graziela, Rômulo Rodrigues Dias, de 33 anos, é suspeito de matar e esconder o cadáver. O Campo Grande News apurou que investigadores também trabalham com a possibilidade da mulher ter sido esquartejada.

As buscas começaram por volta das 5h30 em terreno na região do Noroeste. Cinco agentes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), quatro militares do Corpo de Bombeiros e as duas cadelas vasculharam a área por cerca de 2 horas 45 minutos. Depois, partiram para o Atlântico, para vistoriar o terreno onde o casal estava erguendo uma casa e o restante da área.

Segundo explicaram os instrutores, Cindy e Laika são treinadas desde filhotes para procurar pessoas pelo faro, vivas ou mortas. As buscas, para elas, é como se fosse uma brincadeira de “caça ao tesouro'. Por isso, depois que o trabalho foi dado como encerrado, um brinquedo (recompensa) foi escondido na área de mata para que as cadela encontrassem e não saíssem frustradas do local. A medida faz parte da manutenção do treinamento.

Na manhã de ontem (20), três cães farejadores do Corpo de Bombeiros foram até a edícula onde o casal morava, no Bairro Jóquei Clube, para o trabalho de busca. Não foi encontrado corpo, mas os animais indicaram local onde havia vestígios de sangue.

À noite, a perícia e os policiais civis voltaram ao lugar, um imóvel de três cômodos aos fundos de terreno onde há mais casas, para fazer o procedimento de aplicação do reagente luminol. O produto indica a presença manchas de sangue, mesmo que tenha havido limpeza. Em mais de um ponto do imóvel foram localizados “indícios visíveis de uma mancha grande, que se verificou, com reagente, ser sangue'. Exames laboratoriais poderão indicar se é sangue humano e se é da vítima.

Caso - Rômulo e Graziela faziam juntos o curso de técnico de enfermagem e também atuavam juntos na mesma marmoraria. Depois do sumiço dela, foi ele quem levou objetos de Graziela para o local de trabalho e disse que ela não iria mais. Ouvido pela polícia, contou versões conflitantes sobre o domingo, 5 de abril, em que ela sumiu. Por isso, ele é considerado o principal suspeito.

As amigas, que denunciaram o caso à polícia, definiram o relacionamento como conturbado.