Policial

Inferninho: polícia minimiza hipótese de latrocínio e diz que moto é peça-chave

Veículo de jovem encontrado morto está desaparecido



Polícia investiga as causas da morte de Gleison. Foto: Reprodução



Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!


A DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) tenta localizar a motocicleta de Gleison da Silva Abreu, de 25 anos, encontrado morto na manhã de sexta-feira (01), na Cachoeira Inferninho, localizada na saída para Rochedo, na zona rural de Campo Grande. No entanto, apesar do sumiço do veículo, a polícia vê como pequena a possibilidade de latrocínio, que consiste no crime de roubo com violência que resulta em morte.

De acordo com o delegado Carlos Delano, responsável pelo inquérito, as circunstâncias em que o corpo foi encontrado indicam que a vítima tenha sido morta em outro local e depois deixada na cachoeira, característica pouco comum de um latrocínio. Nas imediações sequer havia vestígios de sangue ou luta.

“Totalmente descartada [a possibilidade] não está, mas seria um latrocínio incomum, pois há elementos indicando que a vítima foi lançada no Inferninho já morta. Normalmente, no latrocínio o autor mata e sai o mais rápido possível com a coisa, pois almeja o objeto e não a morte. Não muda o cadáver de lugar”, pontuou.

 

Por este motivo, a Polícia Civil analisa imagens de câmeras de segurança e tenta refazer os últimos passos do rapaz desde que saiu de casa no Jardim Colúmbia, de moto, para tentar localizar o veículo, tido como peça-chave neste momento das investigações. “A pessoa que estiver de posse da moto tem muito a dizer sobre o caso”.

A DEH segue ouvindo testemunhas e familiares da vítima. As causas da morte ainda são desconhecidas e o laudo necroscópico deve auxiliar no esclarecimento. Conforme noticiado, a vítima tinha ferimentos na cabeça, provavelmente de uma queda, e no pescoço, de um suposto estrangulamento, mas não havia indícios de crime no local.

O caso

Gleison estava com uma moto que não foi encontrada e foi colocada em busca. O Midiamax havia noticiado que o corpo foi localizado por uma turma de trilheiros, e levou cerca de três horas para ser retirado pelas equipes do Corpo de Bombeiros. Além da Polícia Militar, a perícia e a Polícia Civil estiveram no local dos fatos. A primeira constatação foi de que a vítima não apresentava sangramento, o que indica que possa ter sido jogada já sem vida.

O corpo estaria no local entre quatro a oito horas, ou seja, pode ter sido desovado durante a madrugada. Também foi constatado pelos peritos que a vítima apresentava traumatismo generalizado no crânio e lesão no pescoço, esta que pode caracterizar asfixia. A vítima não portava documentos, apenas uma chave no bolso. 

Após conhecimento de que um corpo havia sido encontrado, familiares procuraram a polícia informando que o rapaz estava desaparecido desde o dia anterior. O irmão foi ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) no sábado (2), onde fez o reconhecimento.