Policial

Polícia aguarda exame de DNA para identificar corpo queimado na fronteira

Cadáver foi incinerado dentro de carro encontrado segunda-feira em Ponta Porã; outro morto foi identificado e era de São Paulo



Local onde carro e corpos foram queimados em Ponta Porã (Foto: Direto das Ruas)



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A polícia aguarda resultado do exame de DNA para identificar o corpo queimado dentro de um GM Onix na noite de domingo para segunda-feira (27) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. A poucos metros do carro foi encontrado outro corpo, identificado como Elberte Gomes de Almeida, 32, morador em São Paulo.

Ao Campo Grande News, o delegado regional de Ponta Porã Clemir Vieira disse hoje (29) que uma família procurou a polícia para identificar o corpo. Foi coletado material para exame de DNA, enviado ao laboratório em Campo Grande, mas não há previsão de quando o resultado ficará pronto.

Segundo ele, se a identidade apontada pela família for confirmada, o homem também era de São Paulo, assim como Alberte Almeida, que em 2017 tinha sido condenado a três anos de prisão por porte ilegal de arma de fogo pela 2ª Vara Criminal de Guarulhos (SP). A polícia ainda aguarda os laudos da perícia para saber a origem do carro queimado com os corpos.

Mortes – Execuções como as de Alberte e do outro homem ainda não identificado são corriqueiras na Linha Internacional, onde facções brasileiras e quadrilhas locais disputam à bala o controle do tráfico de drogas e de armas. Só em 2019, segundo números não oficiais, pelo menos 250 pessoas foram mortas na faixa de fronteira formada por Ponta Porã (MS) e o departamento de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero.

Na manhã de segunda-feira, moradores encontraram o Onix branco com placa de São Paulo queimado na Rua Belmiro de Albuquerque, no Jardim Botânico. A Polícia Militar foi acionada e encontrou um corpo a 12 metros do carro. O outro cadáver estava dentro do veículo.

No bolso do cadáver fora do carro havia uma carteira com dinheiro, uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) em nome de Alberte Gomes de Almeida e dois celulares. Segundo a polícia, o paulista foi executado com tiro na cabeça. Depois os matadores colocaram fogo no corpo, que foi parcialmente queimado.