Política e Transparência

DEM tenta compor chapa com PSD e indicar vice de prefeito

Partido de Mandetta não descarta lançar candidatura própria para disputar o Executivo de Campo Grande



Luiz Henrique Mandetta é o responsável pelo DEM na Capital - Foto: Isac Nóbrega / PR



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O Democratas (DEM) pretende indicar um nome para disputar o Executivo na chapa com o atual prefeito, Marcos Trad (PSD), em outubro deste ano. Conforme informações de bastidores, o partido do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, da atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do vice-governador do Estado, Murilo Zauith, também pretende ganhar espaço no poder municipal.

De acordo com o presidente estadual da agremiação, Murilo Zauith, as escolhas da executiva municipal ficaram a cargo do primo de Trad, Luiz Henrique Mandetta. “Ele que pediu Campo Grande. Ele ia conduzir o processo em Campo Grande, como nós [Murilo Zauith e Tereza Cristina] somos da estadual, não estamos tratando de Campo Grande. Eu não sei”, afirmou.  

Avaliando a situação da saída de Mandetta do cargo, o vice-governador afirmou que o ex-ministro ganhou mais destaque do que o presidente no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “A briga de Mandetta com Bolsonaro foi que o Mandetta ficou maior. Bolsonaro errou o tempo, entrou mal, seguiu a cabeça do pessoal dele e errou na avaliação. Penso que a situação do Bolsonaro é muito difícil perante a população”.  

Secretário do partido em Campo Grande, Hélio Mandetta, afirmou que a sigla não descarta compor uma chapa na reeleição de Marcos Trad, ou então lançar candidatura própria.  

“Há diversos nomes, bons nomes, que possam de forma legítima pleitear uma vice. Estamos analisando todo um cenário, tem muita água para passar por debaixo dessa ponte até agosto, mas estamos analisando. Quem sabe, até uma candidatura própria ou compor uma chapa, ser vice ou indicar um vice do nosso partido. Como estou te falando, está muito cedo para essa definição”.

Questionado se uma candidatura própria não comprometeria a reeleição de Trad e ainda traria uma indisposição na família, já que Trad e Mandetta são primos, Hélio disse que “esse grau de parentesco não atrapalha. Tivemos um primo candidato a governo em 2014 e estávamos na chapa do governador Reinaldo”.

Unidos na administração estadual, DEM e PSDB devem ser concorrentes no Executivo da Capital. Os tucanos devem cumprir o acordo entre Reinaldo Azambuja e Marcos Trad feito no pleito de 2018 – no qual Trad declarou apoio à reeleição do tucano e Azambuja se comprometeu a fazer o mesmo na disputa deste ano.

Procurado, o presidente do ninho tucano em Mato Grosso do Sul e secretário de articulação política, Sérgio de Paula, declarou que é natural outros partidos procurarem seu espaço na disputa de outubro e também na chapa de Marcos Trad.  

O PSDB deve indicar o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha, para compor com o prefeito. Mas não descarta lançar candidatura própria, dependendo da decisão do candidato a reeleição.  

“Estou dizendo que nós vamos procurar um espaço com o Marcos [Trad], temos musculatura. Ele pode aceitar ou não aceitar. Se ele não aceitar, vamos pegar o partido, sentar com o governador, a executiva, o diretório municipal, para discutir qual será a estratégia. Também vamos ponderar, temos três deputados federais, cinco deputados estaduais, oito vereadores. O partido tem peso, e o prefeito sabe disso. Tem tranquilidade, temos desgaste natural do governador no mandato, mas vamos procurar o diálogo na tranquilidade junto do Marcos e do Lacerda”, disse, citando o secretário de Governo de Trad, Antônio Lacerda.

Sobre a possibilidade de o DEM também buscar espaço na possível reeleição de Trad, o tucano afirmou que é natural e tudo será feito com respeito. “Temos que respeitar, o Marcos vai avaliar o cenário, a reeleição. O DEM tem bons quadros, temos dois deputados dentro da Assembleia Legislativa, Barbosinha era o líder do governo. Eles vão buscar os espaços deles e nós vamos buscar os nossos. Isso vamos fazer com muita tranquilidade, vamos ouvir nossa liderança maior, que é o governador Reinaldo [Azambuja]”.

ESPAÇO

De acordo com o presidente estadual do PSDB, Sérgio de Paula, primeiro, o partido deve buscar uma aliança para  o pleito de outubro na gestão de Marcos Trad e, depois, em caso de reeleição ou segundo turno, devem ser discutidos os espaços na gestão. ”Primeiro, o PSDB quer participar da chapa majoritária; depois que a gente conversar, estamos conversando, logicamente a indicação do vice, vamos buscar outros espaços. O partido tem bons quadros para algumas pastas dentro da prefeitura”, disse Sérgio de Paula.