Economia I

Ajuda emergencial será usada para comprar comida e pagar contas

Economista indica como utilizar o recurso de forma mais útil



Movimento foi tranquilo no primeiro dia de saque na Capital - Valdenir Rezende/Correio do Estado



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O governo federal liberou, nesta semana, o site e aplicativo para as pessoas, que não estão inscritas no Bolsa Família ou Cadastro Único (CadÚnico), se cadastrarem para receber o auxílio emergencial de R$ 600. A ajuda visa assegurar a renda durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A maioria dos campo-grandenses vai utilizar os recursos para pagar contas e comprar produtos alimentícios.

O benefício se estende a trabalhadores informais, contribuintes individuais da Previdência Social e desempregados. O auxílio será pago em três meses para até duas pessoas da mesma família. A economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, explica que mesmo o valor não sendo tão alto, as pessoas precisam elencar as prioridades na hora de utilizá-lo.

“Ao elencar as prioridades, elas continuam voltadas para o supermercado e farmácia. O importante que se gaste com aquilo que realmente é essencial para suprir as necessidades daquele momento. Sem ter aquela noção de fazer estoque. Dentro desses itens de prioridade é necessidade de avaliar se realmente eles são essenciais. É importante não gastar o recurso em sua totalidade, apesar de não ser uma quantia muito significativa a necessidade de se pensar também em emergências”, explicou Daniela.

BENEFICIÁRIOS

A economista ainda indicou que antes de gastar o recurso é preciso fazer uma lista para estabelecer regras de uso. “Veja aquilo que é prioritário, daquilo que é prioritário certifique-se das quantidades e tente deixar uma reserva emergencial”, recomendou Daniela.

A artesã, Camila Rosas, 31, afirmou que o dinheiro virá em boa hora, já que suas vendas caíram. “Vou usar o dinheiro para pagar as contas e ajudar com as despesas dos meus filhos. Comprar comida, pagar água e luz. O dinheiro não é muito, mas já complementa para não quebrar completamente o orçamento”, disse.

Para quem está desempregado, a renda vem para suprir o básico. A fisioterapeuta desempregada, Jéssica Guerra, 26 anos, afirmou que o dinheiro será investido em comida. “Vou sobreviver, comprar comida. Porque com essa pandemia os lugares não contratam e mesmo que eu seja formada, o conselho regional de fisioterapia não está aberto, então fica difícil”, concluiu.

Pyetra Gomes, 20, também está desempregada e usará os recursos nas contas mensais. “Vou usar esse auxílio para poder ajudar nos custos de todas as contas mensais. Até normalizar um pouco e poder conseguir um trabalho”.

A manicure Natália Terleski, 28, explicou que o recurso será investido em necessidades prioritárias. “Primeiro vou comprar um ventilador e depois arrumar o encanamento do banheiro que está estragado”, afirmou.

A microempreendedora, Elaine Ferreira, 31, também vai investir no básico. “Usaremos para fazer as compras da casa, principalmente comida, já que as contas conseguiremos renegociar depois. Estamos recebendo de volta o que pagamos em impostos, mas virá em uma boa hora porque ninguém contava com isso”.

CONTAS

A economista explica que em casos de necessidade, as pessoas podem deixar as contas para renegociarem depois. Os cortes de água e energia estão proibidos durante 90 dias, assim como outras instituições ofereceram mais prazo para pagamento de dívidas.

“Não pagar agora não tem problema não vai ser cortado, claro que não é interessante, mas a necessidade de se colocar as especificidades, por exemplo, a situação de uma pessoa que mora sozinha é diferente da situação de uma pessoa que tem filhos. Com certeza entre as prioridades se destaca a questão da alimentação. Trata-se de um momento de um consumo bastante cauteloso e muito consciente, eu devo comprar realmente aquilo que é essencial aquilo que é necessário”, explicou Daniela.