Mato Grosso do Sul

Tempo seco exige cuidados para evitar doenças respiratórias, alerta pneumologista

Além da Covid-19, população deve se prevenir contra gripe e pneumonia



Médico pneumologista Henrique Brito - Reprodução



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Com a chegada do outono, o clima fica mais seco, o que leva à redução da hidratação dos pulmões, agravando a situação de quem tem problemas como asma, bronquite e pneumonia. Neste ano, há outro agravante: a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que em casos críticos, ataca diretamente o aparelho respiratório.

O médico pneumologista, Henrique Brito, reforça as determinações de autoridades médicas, e orienta para os cuidados respiratórios necessários em tempos de pandemia. “Assim como o novo coronavírus, nós temos outros vírus respiratórios, entre eles o Influenza ‘A’ H1N1, a gripe sazonal, entre outros tipos de vírus e bactérias. Precisamos lembrar que pessoas que têm doenças respiratórias prévias, elas têm uma tendência maior a ter esses tipos de afecções”, explicou.

Para saber diferenciar os sintomas de problemas respiratórios pré-existentes com os do Covid-19, o médico é enfático. “Em geral, as doenças respiratórias como, asma, enfisema, rinite, doenças alérgicas, bronquiectasia, fibrose pulmonar, elas cursam com graus variados de falta de ar. Se a pessoa já tem uma doença respiratória, é importante ela se conhecer, saber qual é o limite da doença pulmonar dela”, destacou.

O sinal de agravamento de sintomas pode ser identificado através da elevação da temperatura corporal. “A febre é um marcador que a gente precisa ficar mais atento. Se tiver essa combinação de febre com um agravamento de uma falta de ar pré-existente, é necessário procurar atendimento médico”, alerta Brito.

Manter a carteira de vacinação em dia também é essencial, conforme o pneumologista. “Pessoas que têm as doenças respiratórias elas têm indicação de tomar a vacina para a gripe. Não é vacina para o coronavírus, é para gripe. Que pega a Influenza ‘A’ H1N1, a Influenza ‘A’ H3N2, e dois tipos da influenza B, ou um tipo só dependendo da vacina que você vai tomar”, disse, ressaltando a importância de consultar o calendário vacinal conforme os grupos prioritários ou seguir indicação médica.

Sobre medidas preventivas à Covid-19, ele reforça o pedido. “É importante que se diga da necessidade da quarentena. Ficar em casa! E por que ficar em casa? Ao sair de casa, eu estou me expondo, e expondo a mim e a minha família. Porque eu posso sair e voltar com o vírus, e trazer ele para dentro do meu domicílio. É importante ter essa noção de coletividade. Por mais que você tenha a saúde boa, as pessoas ao seu redor podem ter a saúde mais debilitada. Enquanto em você a doença vai ser mais leve, nas outras pessoas pode ser mais grave”, avalia.

O especialista lembra de medidas simples que podem proteger a população, como lavar as mãos, uso de álcool em gel, usar umidificador, trocar o filtro do ar condicionado, alimentação balanceada, sono regular, prática regular de algum tipo de atividade física, e lavar as narinas com soro fisiológico para umidificar as mucosas. E aponta que quem já possui doenças prévias pulmonares precisa manter o acompanhamento médico e tratar a doença respiratória.

Outro ponto lembrado pelo especialista foi sobre o uso de máscaras, que são recomendadas apenas para profissionais de saúde, ou para quem está com sintomas respiratórios, como tosse, espirro, coriza, dor no corpo e febre. “Vale sempre a etiqueta respiratória. Se não estou com máscara, devo cobrir minhas secreções. Usando os braços para cobrir o nariz e a boca. Por que o braço? Porque a mão se eu tossir na mão posso colocar ela em algum lugar e repassar o vírus”.

Para os próximos meses, a previsão indica pouco volume de chuva e baixa umidade do ar. A situação que pode potencializar os sintomas de doenças respiratórias pré-existentes, e o especialista alerta para a necessidade de manter o corpo hidratado, como forma de manter as defesas do organismo contra vírus, bactérias, fungos, ácaros e poeira.

“Quando o ar externo vem mais seco, quem tem a função de umidificar ele na entrada do nosso organismo, são as mucosas respiratórias e elas estão ressecadas porque o corpo muitas vezes desidrata, pois, não tomamos a quantidade de água suficiente. Além disso, é importante manter esse grau de hidratação, pois a mucosa respiratória tem uma função de linha de frente no combate aos agressores externos”, pontua.