Brasil

Indústria e supermercadistas garantem: não faltarão alimentos

Produção de alimentos em Mato Grosso do Sul continua em ritmo normal



Campo-grandenses lotaram supermercados nos últimos dias - Bruno Henrique/Correio do Estado



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Nos últimos dias foi possível perceber muitas pessoas correndo aos supermercados temendo a possibilidade de faltarem produtos alimentícios. O Sindicato das Indústrias de Alimentos de Mato Grosso do Sul (Siams) garante que as indústrias de alimentação do Estado não pararam e não vão para a produção em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas) reforça que está totalmente descartado qualquer risco de desabastecimentos dos supermercados e atacadistas em funcionamento nos 79 municípios sul-mato-grossenses.

De acordo com o presidente da Amas, Edmilson Veratti, apesar de o fluxo de clientes ter crescido cerca de 18% nos últimos dias, todas as lojas de Mato Grosso do Sul estão abastecidas e com estoque suficiente para continuar atendendo os consumidores. “Os pedidos estão normalizados e a entidade já foi notificada pelas indústrias alimentícias de que a produção vai continuar. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, que também preside a Siams, comunicou que as indústrias não pararam de trabalhar para manter os supermercados funcionando”, explicou.

Veratti acrescenta que há estoque para pelo menos mais 20 dias sem precisar contar com as novas remessas. “Estamos com o planejamento certo e a cada pedido vamos programando para mais sete e mais 14 dias. Ou seja, as compras emitidas garantem o não desabastecimento”, afirmou.

Além da fabricação, o presidente da Amas garante que a logística para a chegada dos alimentos aos supermercados também está garantida. “Primeiro que a indústria não pode parar e nem diminuir o ritmo e o outro é a logística dos transportes para que os produtos cheguem até os supermercados e atacadistas. Está tudo normalizado, não tivemos notificação de interrupção nem por parte das indústrias, nem por parte das empresas de logística”, assegurou Veratti.

RECOMENDAÇÕES

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), criou um Comitê de Crise para acompanhar diariamente a situação do abastecimento de alimentos no País. O monitoramento é feito diariamente por videoconferência entre representantes das associações para atualização sobre a situação nos pontos de vendas de alimentos (mercados, supermercados e hipermercados), com o objetivo de mapear possíveis problemas e dar maior agilidade no encaminhamento de soluções.

O Comitê identificou a necessidade de atenção para que as medidas restritivas necessárias nesse momento de crise, não inviabilizem a continuidade da produção de alimentos, o que poderia agravar ainda mais a situação. Importante pontuar ainda a grande preocupação com a manutenção de restrições, já existentes, à circulação de veículos de carga que transportem alimentos (especialmente em rodovias, portos e aeroportos) e às operações de carga e descarga nos diversos estados da federação, desafio esse que precisa ser superado para que se mantenha o mínimo de normalidade no abastecimento da população.