Economia I

Medo do coronavírus deve puxar preços das passagens aéreas para baixo

Expectativa é de mais ofertas do que demanda por viagens nacionais e internacionais, forçando mais promoções do que o normal



Nos aeroportos, a tendência é de movimento reduzido por conta do medo de viajar provocado pelo coronavírus (Foto: Reprodução)



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O mundo vive uma pandemia de coronavírus e como não poderia ser diferente, o setor do turismo tem sido bastante afetado. O momento é de incertezas, entre viajar e não viajar, e as companhias aéreas estão sendo fortemente afetadas a ponto de cancelar voos e reduzir rotas, o que deve significar queda nos preços das passagens diante de mais ofertas do que demanda.

A expectativa é de forte redução da demanda por viagens nacionais e internacionais, forçando as aéreas a fazer mais promoções do que o normal, proporcionando boas oportunidades para a viagem dos sonhos. A questão é saber quem irá encarar risco de viajar em meio a toda essa turbulência provocada pelo novo vírus COVID-19.

Mesmo que o destino escolhido não tenha apresentado nenhum caso desde o surgimento do vírus, em janeiro deste ano na China, a decisão de embarcar em um avião, ônibus ou tem sido cada vez mais difícil. A recomendação é adiar ou cancelar viagens planejadas até o fim de abril, exceto se forem imprescindíveis.

É importante considerar em quais condições o destino se encontra atualmente e acompanhar a evolução nos próximos dias. Diversos países estão fechando suas fronteiras e adotando medidas duras para conter o vírus, como o fechamento de atrações, shows, bares e restaurantes, e proibindo aglomerações. Outro risco é sair do Brasil e não ter como voltar, já que milhares de voos estão sendo cancelados.

No caso de voos nacionais, é importante acompanhar os desdobramentos nos próximos dias. Algumas cidades como São Paulo e Rio de Janeiro adotaram restrições de aglomerações e fechamento de atrações turísticas. As companhias aéreas podem perder até US$ 113 bilhões (R$ 523 bilhões) em receita este ano devido ao impacto do vírus, segundo estimativa da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês).

Se você já decidiu que vai viajar, nem cogita cancelar o pacote adquirido, veja abaixo 6 dicas que todo turista precisa saber sobre o coronavírus, conforme estudo do site de viagens Decolar.com:

1. Os riscos do vírus:

A taxa de letalidade do coronavírus é relativamente baixa para crianças e adultos saudáveis com menos de 50 anos, mas é muito perigoso para idosos, especialmente aqueles com mais de 80 anos, além de afetar seriamente pessoas com doenças crônicas, como cardíacos e diabéticos.

Quando comparado a outras doenças, o que se quer evitar é uma proliferação vertiginosa do COVID-19 ao ponto que o número de doentes que precisam de assistência médica supere a capacidade de atendimento da rede de saúde, como aconteceu no Norte da Itália. Por isso, por mais que você não esteja entre o grupo de risco do novo vírus, pode se tornar um vetor que vai contaminar outras pessoas.

2. Como prevenir durante uma viagem:

A transmissão ocorre se você tiver contato direto ou indireto com saliva, catarro ou secreções de pessoas contaminadas. Por isso, a melhor maneira de se prevenir é lavar bem as mãos com água e sabão várias vezes ao dia, por pelo menos 20 segundos, incluindo as pontas dos dedos e o dorso das mãos, ou utilizar álcool gel. Além disso, evitar a todo custo tocar o rosto, nariz, boca e olhos.

O vírus pode resistir por até 72 horas em superfícies como maçanetas de portas, torneiras, botão de elevadores e até no seu celular. Se precisar espirrar, use o antebraço para conter os respingos e não as mãos e lenços descartáveis para assoar o nariz.

Caso tenha febre e tosse, fique em casa e utilize máscaras, evitando contato com outras pessoas. Só é necessário procurar um serviço de saúde caso sinta também dificuldade ou desconforto para respirar. Lembrando que na grande maioria dos casos o coronavírus evolui como um simples resfriado, podendo ser até assintomático. Desinfectar objetos e superfícies de contato dentro de casa também é indicado.

3. O que fazer se a viagem já está programada: 

Quem tem viagem planejada para os próximos meses precisa ter cautela e paciência. Não adianta sofrer por antecipação. Conforme a situação vai evoluindo, os prazos e as regras de remarcação das companhias aéreas e empresas de turismo vão acompanhando. A prioridade de atendimento é para quem tem viagem marcada nas próximas semanas.

O recomendado é acompanhar no noticiário a evolução dessa crise e tomar a decisão algumas semanas antes da data da viagem, período quando a companhia aérea ou empresa de turismo poderá disponibilizar opções de cancelamento ou remarcação sem custo. Pagar para cancelar algo agora é precipitado.

4. Posso cancelar ou remarcar minha passagem aérea? 

A maior parte das companhias aéreas flexibilizou suas políticas de cancelamento e remarcação de passagens internacionais para os destinos mais afetados pelo coronavírus, até um determinado período (algumas até abril, outras até maio ou junho).

Em muitos casos, vale para qualquer destino internacional. Portanto, se quiser mudar de planos, reprograme ou cancele a viagem.

5. Como fica a política de cancelamento em hotel?

Em tese vai depender do tipo de reserva que você fez, cancelável ou não cancelável. Mas, na prática, se o hotel reservado fica em um destino afetado pelo coronavírus, tem sido comum os hotéis aceitarem a devolução do dinheiro pago sem multa, inclusive para reservas de quartos pelo Airbnb.

Mas essa não é uma regra universal. Entre em contato com a empresa que fez a reserva e veja as opções oferecidas. Caso você vá reservar um hotel para uma viagem futura, espere um pouco, ou faça uma reserva com cancelamento gratuito, o que te resguarda em caso de um eventual desdobramento dos casos de coronavírus.

6. Seguro viagem sobre eventuais despesas hospitalares com o coronavírus:

Até a declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde, os principais seguros viagem comercializados no Brasil garantiam total assistência em casos de coronavírus.

Com essa mudança é importante entrar em contato com a seguradora e checar se haverá alguma restrição de cobertura ou de destinos cobertos, já que o contrato padrão dos seguros prevê exceções nesses casos.